INCLUSÃO: Uma tarefa de todos nós!
Na natureza, todas as criaturas vivas possuem a mesma estrutura de código genético – o DNA. Num certo ponto do processo, os códigos começam a se diferenciar, trazendo identidade peculiar a cada espécie, a cada ser. Uma das belezas da vida está no fato de que o mesmo DNA, responsável por tantas semelhanças entre os seres vivos é também aquele que os torna tão diferentes e individuais.
Ser diferente é normal. As diferenças são inerentes aos seres humanos. Todos nós somos portadores de alguma diferença. Ninguém é um ser humano exemplar. E nesta diferença , não estão somente as minorias, as diferenças sociais e étnicas, as diferenças de classe, ou as crianças especiais portadoras de necessidades educativas. Todos somos diferentes! Temos as nossas diferenças afetivas, físicas, culturais, sociais e intelectuais.
Na categoria das diferenças, temos as pessoas com deficiências, que lutam por sua inclusão no meio educacional, (Salas Regulares), e na sociedade.
Nas últimas décadas houve um crescimento e expansão em prol da inclusão dos mesmos no meio escolar. Há muita vontade da escola em assegurar a inclusão destes alunos. Mas isto não basta! Há necessidades de mudanças na estrutura do sistema educacional brasileiro no que se refere uma série de recursos físicos, materiais, pedagógicos e curriculares para fornecer um atendimento especializado.
Existem necessidades educacionais que justificam a modificação do contexto em que a criança se desenvolve. Portanto, deve-se modificar a prática educativa, a organização da escola, da sala de aula, mudança na postura e prática pedagógica dos educadores, deve-se valorizar a afetividade ou clima emocional para que o aluno aprenda e se desenvolva.
As crianças portadoras de deficiências; sejam deficientes visuais, mentais, auditivas, deficiente físico e/ou múltiplos e até mesmo os portadores de altas habilidades tem necessidades especiais que requerem um ensino e tratamento diferenciado. O conceito de necessidades especiais é mais amplo e engloba mais alunos, não somente aqueles com deficiências, portanto, é necessário que a escola aceite e trabalhe com todas as diversidades existentes nas salas de aula. Assim, as necessidades educacionais não se definem pela origem do problema: definem-se pelo tipo de resposta educativa e pelo tipo de recursos e de ajuda que se deve proporcionar.
Não basta integrar, a escola tem que incluir a todos. Há diferença entre os termos Integração e Inclusão. O 1º surgiu na década de 60, e está relacionado, diretamente, com as crianças com deficiência. Foi um movimento que surgiu pela luta dos diretores dessas crianças de se integrarem nas salas regulares de ensino. Esta luta tem sido promovida pela Educação Especial.
Já a inclusão parte de um conceito mais amplo, envolvendo uma oferta de educação de qualidade para todos e com todos. Significa um olhar diferente do professor e da escola para as necessidades de aprendizagem de todos os alunos e de cada aluno individualmente. O conceito de escola inclusiva está ligado à modificação da estrutura, do funcionamento e da resposta educativa, de modo que se tenha lugar para todas as diferenças individuais, inclusive aulas aquelas associadas a alguma deficiência. A inclusão não é um conceito novo. A inclusão não nega a diferença ou a deficiência: ela acolhe.
A educação inclusiva não está resolvida em nenhuma parte do mundo. A sociedade é muito excludente; mas a escola tem uma função social de garantir o acesso, a permanência de todos na escola. Sua função também é a de transformação da sociedade. Mas a educação, a escola sozinha não vai resolver a inclusão social. É uma tarefa de todos nós. Necessitamos de uma sociedade e de uma escola mais inclusiva, onde todos têm direitos iguais.
O mundo anseia e almeja por uma EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Exige-se uma educação acolhedora, que aceita as diferenças, que trabalhe com as diversidades, que acolhe os excluídos, os oprimidos e as deficiências.
Façamos a nossa parte! Garantir a inclusão e assegurar um ensino de qualidade é um desafio de todos! Não é só da escola, mas de toda a sociedade. Vamos fazer a inclusão, pois como dizia, Antônio Machado: “o caminho se faz ao caminhar!” É só se aprende fazendo.
Que todas as pessoas, as autoridades competentes possam cumprir o informe da UNESCO para a educação para o século XXI, “aprender a aprender”, “durante a vida toda e de maneira inclusiva”!
Esta é uma missão e um desafio de todos!
Diones Barcelos Bragança.
Muito legal., gostei!!!
ResponderExcluirÓtimo texto! quais as referências?
ResponderExcluir(*) Rosangela Berman Bieler, Presidente do
ExcluirInstituto Interamericano sobre Deficiência-IID