domingo, 24 de março de 2013

DICAS PARA O PROFESSOR ESPECIALIZADO NA SUA ATUAÇÃO JUNTO AO PROFESSOR DA SALA DE AULA


PROFESSORES DAS SALAS DE RECURSOS: este texto é muito importante para você adquirir conhecimento sobre o seu trabalho JUNTO AO PROFESSOR da sala de aula. Leia! Seu trabalho não é de reforço escolar! Mas instrumentalizar o seu aluno para que ele tenha ACESSO ao currículo escolar e apropriar das ferramentas básicas para adquirir o conhecimento tornando-o autônomo moral e intelectual.

Construindo uma rede de colaboração: a importância da Educação Especial na construção de uma escola inclusiva

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini

Na perspectiva da educação inclusiva, a escola é concebida como uma instituição de educação formal, que fundamentada na concepção de direitos humanos, combina igualdade e diferença como valores indissociáveis, avança na proposta de promover o desenvolvimento de todos os alunos atrelado à garantia da qualidade de ensino.

Assim sendo, para atender especificamente os alunos com deficiência deve contar com apoio da Educação Especial, que neste novo paradigma passa por redefinição conceitual e assume papel preponderante neste processo, sobretudo como articuladora de uma rede de apoio.

A Educação Especial é uma área do conhecimento e passa a ser concebida pela Política de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (BRASIL, 2008) como sendo uma modalidade de ensino que perpassa todos os níveis, etapas e modalidades, realiza o atendimento educacional especializado, disponibiliza os recursos e serviços e orienta quanto a sua utilização no processo de ensino e aprendizagem de alunos com deficiência.

Na escola, a Educação Especial, deve conhecer as características de seu trabalho, para não avançar sobre aquele da classe comum. A dialética que se estabelece entre o professor da sala comum e o professor especializado deve ser evidente para ambos. Cabe ao último a competência para prover o serviço de apoio especializado ao aluno com deficiência.

Portanto, é importante ficar atento e se, por ventura, alguns professores da classe comum insistir no círculo vicioso que historicamente existiu – professor especializado atendendo alunos com defasagem na aprendizagem, independentemente de terem ou não a deficiência, para tentar alfabetizá-los; visto que sua sala de recursos tinha um número menor de alunos, a resposta deve ser NÃO! Logicamente que um não argumentado na legislação e na fundamentação teórica sobre o trabalho do atendimento educacional especializado, enfatizando que essa prática precisa ser extinta em nossas escolas, pois o Serviço de Apoio Pedagógico Especializado não é reforço escolar!

Dentre o rol de atribuições que cabe ao professor especializado, uma delas é constituída pela função de colaborar na identificação das potencialidades dos alunos com deficiência, bem como suas necessidades educacionais especiais. Dessa forma, é importante observar e ficar atento, pois muitas vezes o aluno em vez de não ser capaz de fazer determinada atividade, pode de fato não estar tendo acessibilidade para isto, daí a relevância das tecnologias assistivas. Nem sempre não fazer, significa não saber!

Apenas a avaliação inicial do aluno com deficiência não é suficiente para acompanhar seu desenvolvimento. É de suma importância a elaboração de registros do trabalho desenvolvido, sempre tendo como marco referencial a aprendizagem do aluno.

A seleção do material didático a ser utilizado no acompanhamento e apoio ao desenvolvimento do aluno com deficiência, para atender às necessidades identificadas na avaliação pedagógica, é outra tarefa que compete ao professor da educação especial. Alguns materiais podem ser produzidos pela equipe escolar.

A construção da escola inclusiva é um projeto coletivo, que passa por uma reformulação do espaço escolar como um todo, desde espaço físico, dinâmica de sala de aula, passando pelo currículo, formas e critérios de avaliação.

Acreditamos que só com a execução de um projeto político pedagógico inclusivo é que caminharemos para a construção de uma escola inclusiva, pois acreditamos assim como Vale (1995) que projeto é capacidade humana de não aceitar a realidade como determinada e imutável, e, em contrapartida, estabelecer alvos e metas que transformem o contexto numa realidade mais adequada aos fins e desejos humanos.

Assim, o planejamento do professor da sala de recursos deve ter como parceira a equipe escolar, a partir daí se pensar em quais: as condições necessárias para o aluno acessar o conhecimento e incentivar a interação do aluno com os instrumentos e signos mais avançados; as atividades que partam do interesse dos alunos, que requeiram uma maior explicitação de temas ou conteúdos e utilização mediadora de instrumentos ou equipamentos que favoreçam a sua apreensão; os mecanismos de colaboração com os professores da própria escola ou demais profissionais que por ventura atendam o aluno; as orientações e elaboração de material didático-pedagógico ou a utilização de outros materiais a serem utilizados pelos alunos com deficiência na classe comum.

No trabalho de apoio, a participação da família é imprescindível. Cabe também ao professor especializado conhecer os recursos disponíveis no município em que atua e, mais que isso, buscar possíveis parcerias, promover visitas educativas aos espaços públicos e oportunizar a vivência de situações nas quais os alunos possam desenvolver autonomia. Porém, não basta o professor e a família. É preciso contar com o envolvimento de toda a comunidade escolar.

Por fim, uma Política de Educação Inclusiva só se efetivará se cada um fizer sua parte: sociedade, sistemas educacionais, escolas e família!


REFERÊNCIAS

BRASIL. MEC. Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. Brasília, 2008.

VALE, J. M. F. do. Projeto Pedagógico como Projeto coletivo. In Circuito PROGRAD: O projeto pedagógico de seu curso está sendo construído por você? São Paulo: Pró-Reitoria de Graduação UNESP, 1995.

Vera Lúcia Messias Fialho Capellini é professora do Departamento de Educação e do Programa de Pós-graduação em Psicologia do Desenvolvimento e da Aprendizagem da Faculdade de Ciências da Unesp de Bauru.

Abraços inclusos!
Diones

NOVAS MENSAGENS PARA REUNIÕES DE ESTUDO E PLANEJAMENTOS

ASSEMBLÉIA NA CARPINTARIA
Contam que na carpintaria houve uma vez uma estranha assembléia.
Foi uma reunião de ferramentas para acertar suas diferenças.
Um martelo exerceu a presidência, mas os participantes
lhe notificaram que teria que renunciar.
A causa? Fazia demasiado barulho; e além do mais,
passava todo o tempo golpeando.
O martelo aceitou sua culpa, mas pediu que também
fosse expulso o parafuso, dizendo que ele dava muitas
voltas para conseguir algo.
Diante do ataque, o parafuso concordou, mas por sua
vez, pediu a expulsão da lixa.
Dizia que ela era muito áspera no tratamento com os
demais, entrando sempre em atritos.
A lixa acatou, com a condição de que se expulsasse o
metro que sempre media os outros segundo a sua medida,
como se fora o único perfeito.
Nesse momento entrou o carpinteiro, juntou o material
e iniciou o seu trabalho,
Utilizou o martelo, a lixa, o metro e o parafuso.
Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembléia
reativou a discussão.
Foi então que o serrote tomou a palavra e disse:
- Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas
o carpinteiro trabalha com nossas qualidades, com
nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos
pontos fracos, e concentremo-nos em nossos pontos fortes."
A assembléia entendeu que o martelo era forte, o
parafuso unia e dava força, a lixa era especial para
limar e afinar asperezas, e o metro era preciso e exato.
Sentiram-se então como uma equipe capaz de produzir
móveis de qualidade.
Sentiram alegria pela oportunidade de trabalhar
juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos.Basta observar e
comprovar.
Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação
torna-se tensa negativa; ao contrario, quando se busca
com sinceridade os pontos fortes dos outros, florescem
as melhores conquistas humanas.

É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.
Mas encontrar qualidades... Isto é para os sábios!

(autor desconhecido)
VIDA - Vivenciando a Inclusão, Diversidade em Ação
  COMENTÁRIOS: BUSQUEMOS em cada um as qualidades, as hbilidades para que possamos melhorar nossas relações interpessoais. esta atitude é de sabedoria! Nós também devemos "trabalhar com o nosso ponto forte", para amenizar as nossas falhas. Lair Ribeiro, já dizia: "Trabalhe com o seu ponto forte que o resto fortalece! Acredite! Você é capaz!

LARANJA É APENAS UMA LARANJA?

Por Fábio Adiron

Mariana era louca por laranjas. Não qualquer laranja, era louca por laranja pera.
Era tão fanática que costumava comprar no atacado. Toda semana ia ao CEASA e comprava um saco de laranja pera. Delas fazia suco, saladas de frutas de uma fruta só, as chupava puras. Fazia doces, bolos e tortas.

Nem sempre todas as laranjas vinham perfeitas, algumas chegavam mais secas, outras um pouco amassadas. Mesmo assim Mariana aproveitava todas, de uma forma ou de outra. Até o dia em que, no meio do seu saco de laranjas pera veio um exemplar de laranja bahia. Para muitos seria apenas mais uma laranja, não para Mariana que ficou perplexa e confusa com um tipo de laranja diferente.

A casca era mais fina, o tamanho maior, o suco com teores diferentes de açúcar e de ácido cítrico. Ela não estava preparada para isso. Não sabia nem por onde começar. Fez uma busca na Internet sobre a tal da laranja estranha. Só encontrou informações sobre os aspectos fenotípicos do citro. Isso não ajudava.

Começou a ligar para amigas. O máximo que descobriu foi que essas laranjas não tinham sementes. Pior foi ter de ouvir da melhor amiga que era uma laranja, e laranjas são laranjas. Que diferença isso ia fazer?
Concluiu que não teria outra alternativa a não ser partir em busca de especialistas. Como iria descascar aquela pele mais fina? Se eram mais doces, como procederia no açúcar da sua famosa compota de laranja?

 Os gomos maiores não enroscariam no seu processador? Descobriu várias pessoas que se dedicavam ao estudo e manuseio de laranjas bahia. Uma mulher que era descascologista, com doutorado em bahias. Um agrônomo que tratava de distúrbios de desenvolvimento de citros e até um chef compoteiro que tinha uma instituição dedicada ao desenvolvimento da tal laranja

Pensou em mandar seu exemplar de laranja bahia para um desses especialistas. Mariana, no entanto, era uma mulher persistente, não poderia admitir que tinha sido derrubada por uma laranja

Matriculou-se num curso à distância, de capacitação em laranjas. Na primeira aula descobriu que a bahia era só uma das dezenas de espécies de citrussinensis: Lima, Westin , Rubi, Valencia, Hamlim e Kinkan. O curso não lhe ensinou o que fazer com as diferentes laranjas, mas abriu seus olhos para todo um mundo diverso do que ela conhecia. Também contatou que só com prática de uso de tanta variedade é que ela descobriria como tirar o melhor de cada um dos tipos.

Não perdeu seu amor antigo pela laranja pera, mas descobriu que a vida era muito mais interessante quando as laranjas se misturavam. Era possível fazer sucos usando combinações de frutos mais ácidos com outros mais doces e, até mesmo enriquecer seu bolo de laranja com calda de uma laranja diferente.

Empolgadas partiu para o estudo de tangerinas, depois limões e até mesmo grapefruit.
E, assim como fazia com a laranja pera, Mariana nunca desperdiçou nenhum dos seus cítricos. Uma verdadeira mestra.
Uma verdadeira mestra.

Comentários: Todas as pessoas possuem potencialidades, qualidades e limitações.Devemos aproveitar as habilidades de cada um para enriquecimento da aprendizagem de todos, para melhoria das nossas relações e fortalecimento do trabalho de equipe.

A ESCOLA DOS BICHOS
Rosana Rizzuti
Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.
O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.
E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.
O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.
O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.

SABE DE UMA COISA?
Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.
Não podemos exigir ou forçar para que as outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.
Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.
RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.

COMENTÁRIOS: devemos respeitar as limitações dos nossos alunos com deficiências; mas, devemos fazer de tudo, usando diversas estratégias metodológicas para que eles possam superar suas falhas e limitações. Não devemos descansar nos laudos dos alunos, usando estes como justificativas para não acreditar que eles são capazes; eles avançam no aspecto cognitivo, dentro do seu tempo e ritmo. Devemos ter paciência e perseverança que os saltos qualitivos são pequenos (no tempo de cada um), mas avançam! POIS........ "Ninguém é igual a ninguém! Diferente todo mundo é!

Abraços inclusos!
Diones

 
 

PROGRAMA ESCOLA ACESSÍVEL: NOVAS SUGESTÕES DE AQUISIÇÃO DE MATERIAIS DE ACESSIBILIDADE

SEMEC – SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO
PROGRAMA ESCOLA ACESSÍVEL
MATERIAIS DE RECURSOS DE TECNOLOGIA ASSISTIVA
LOJAS PARA COMPRAR EQUIPAMENTOS E BRINQUEDOS PEDAGÓGICOS NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO:
-EDUCAR
 (27) - 9954 – 2642
30715504 – Márcio
ÉTICA: tel: 3328 – 7798
SOLUÇÕES PEDAGÓGICAS: TEL: 8874-4924 – MAURÍCIO

1.                  DEFICIÊNCIA FÍSICA:
-O uso de recursos de comunicação alternativa: vocalizador, caneta falante (prancha temática), leitor de prancha temática, Cd Boardmaker, softwares de comunicação alternativa com símbolos gráficos; etc.

-O uso dos recursos de acesso ao computador: ponteira de cabeça, acionadores, entre outros;

- O uso de recursos de acessibilidade E/OU adequações e confecção de material pedagógico: engrossadores de lápis, plano inclinado, tesouras adaptadas, entre outros.
- Mobiliário adequado: mesas, cadeiras, quadro, entre outros;
_ Aquisição de materiais: quadro magnético com letras imantadas entre outros;
- Recursos de auxílios da vida autônoma: tesoura – mola (arranha – mola); adaptadores para talheres;
- Recursos de auxílios de mobilidade: cadeira de rodas, andadores (Bom para os CMEIS), entre outros.
- Acessibilidade arquitetônica; corrimãos; rampa, etc.

2. DEFICIÊNCIA VISUAL:
2.1. CEGOS: Aos alunos cegos o ensino do Sistema Braille; as noções sobre orientação e mobilidade; as orientações sobre atividades da vida autônoma; o uso de ferramentas de comunicação: sintetizadores de voz para ler e escrever via computador; as adaptações em alto relevo; o ensino da técnica de Sorobã; a transcrição e adaptação de material em tinta para o Braille; a produção de áudio-livro; a produção de textos escritos em formato digital.

2.2. BAIXA VISÃO: o ensino do uso de recursos ópticos e não ópticos; as adaptações em tinta o encaminhamento para avaliação funcional; a estimulação visual; a ampliação de fontes, entre outros; a produção de materiais com contraste visual; a produção de materiais didáticos e pedagógicos adequados ao tipo de visão.

3. DEFICIÊNCIA MENTAL: o desenvolvimento de processos mentais/exercício da atividade cognitiva; materiais como: jogos pedagógicos para trabalhar a memorização (auditiva, sonora e a visual), a concentração, o pensamento: situações - problemas, a atenção; a imaginação, a percepção, etc.

4. DEFICIÊNCIA AUDITIVA: No caso de alunos com surdez, o AEE deverá providenciar o ensino da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS; o ensino da Língua Portuguesa na modalidade escrita, o ensino em LIBRAS, a produção e adequação de materiais didáticos e pedagógicos com base em imagens,entre outros. Deve ser considerado e encaminhado para os profissionais responsáveis os alunos que optam pela oralização como forma de comunicação. Exemplos de materiais: - caneta auditiva; dicionário trilíngue, pranchas temáticas, jogos em libras, CDs de comunicação alternativa, etc.

5. ALUNOS COM TRANSTORNOS GLOBAIS DO DESENVOLVIMENTO: sempre que o transtorno ocasionar uma deficiência, o aluno é atendido na sua necessidade de serviço e recursos de acessibilidade.

Os serviços e recursos mencionados para atender os alunos não esgotam todas as possibilidades de criação.


ASSINATURAS DA REVISTA CIRANDA DA INCLUSÃO ( EU NÃO SEI SE PODE) PARA SUGESTÕES DE ATIVIDADES METODOLÓGICAS PARA OS PROFESSORES DAS SALAS DE AULAS REGULARES E SALAS DE AEE  QUE FAZ ATENDIMENTO DOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIAS;
- TESOURA MOLA.
EIS APENAS ALGUMAS SUGESTÕES, PODE PESQUISAR NA INTERNET OUTROS RECURSOS DE TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E/OU AJUDAS TÉCNICAS.

Apostila/Resumo: Diones Barcelos


domingo, 17 de março de 2013

PLANO VIVER SEM LIMITES: AÇÕES NA ÁREA DA EDUCAÇÃO

O Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência – Viver sem Limite, foi lançado por meio do Decreto 7.611, de 17 de novembro de 2011. Com o lançamento deste plano o Governo Federal ressalta o compromisso do Brasil com as prerrogativas da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, da ONU, ratificada pelo nosso país com equivalência de emenda constitucional.

Este plano retrata que o acesso à educação é direito de todos, sem discriminação, em igualdade de oportunidades.

O detalhamento de todas as ações que compõem o Plano Viver sem Limite na área educacional, será exposto, aqui neste blog. Convidamos você a disseminar, implementar e fiscalizar a efetivação das políticas públicas aqui apresentadas nesta área. Analise quais que o seu município foi contemplada e fiscalize.  Essa responsabilidade é nossa!

1. Implantação das Salas de Recursos Multifuncionais

As Salas de Recursos Multifuncionais são espaços nos quais é realizado o Atendimento Educacional Especializado (AEE), complementar ou suplementar à escolarização dos estudantes com deficiência. Tem como objetivos produzir e organizar serviços e estratégias que assegurem os meios, modos e formatos de comunicação e de acesso à informação e ao conhecimento. Elas possuem equipamentos, mobiliários e materiais pedagógicos e de acessibilidade destinados a atender às especificidades educacionais de cada um dos estudantes.

VOCÊ CIDADÃO
Caso conheça algum estudante com deficiência matriculado na educação básica da rede pública de ensino e que necessite de Atendimento Educacional Especializado, procure a Secretaria de Educação do estado, do Distrito Federal ou do município. (SEMEC).

Caso conheça alguma escola que recebeu os equipamentos para implantação das Salas de Recursos Multifuncionais e não está atendendo aos estudantes com deficiência, entre em contato com a Secretaria de Educação do estado, do Distrito Federal ou do município, o Conselho de Educação de seu estado ou município ou o Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência.

VOCÊ GESTOR
Caso seu município ainda não tenha recebido pelo menos uma Sala de Recursos Multifuncionais, a Secretaria de Educação deve apresentara demanda no Plano de Ações Articuladas (PAR) e indicar, por meio do Sistema de Gestão Tecnológica (Sigetec), as escolas a serem contempladas, além de solicitar oferta de cursos de formação continuada em Atendimento Educacional Especializado para os professores da rede.

2.Escola Acessível
O Programa Escola Acessível disponibiliza recursos financeiros às escolas públicas, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE), para promoção de acessibilidade arquitetônica nos prédios escolares e compra de materiais e equipamentos de tecnologia assistiva.

Por meio dessa ação, as escolas podem adequar e construir rampas, sanitários acessíveis e vias de acesso; alargar portas, instalar corrimãos e equipamentos de sinalização visual, tátil e sonora; adquirir cadeiras de rodas e outros recursos de tecnologia assistiva.

Até 2011, o Escola Acessível investiu na acessibilidade arquitetônica em mais de 27 mil escolas. O Plano Viver sem Limite pretende incrementar essa ação e garantir que, até 2014, 57 mil escolas, em todo o Brasil, tenham recebido o recurso.

VOCÊ CIDADÃO
Acesse a relação nominal das escolas atendidas, por meio do endereço: http://portal.mec.gov.br. No menu, no lado direito, clique em ‘Secadi’ e escolha a opção ‘Programas e ações’. Se a escola de sua comunidade foi contemplada pelo Programa Escola Acessível, acompanhe a execução da ação e contribua com o processo de definição das obras prioritárias para garantir a acessibilidade.

VOCÊ GESTOR
Acesse a relação nominal das escolas atendidas, por meio do endereço :http://portal.mec.gov.br. No menu ao lado direito, clique em ‘Secadi’, e escolha a opção ‘Programas e ações’.

DIRETORES! SAIBA EMPREGAR COM TRANSPARÊNCIA, RESPONSABILIDADE AS VERBAS DA ACESSIBILIDADE, COMPRANDO REALMENTE PRODUTOS DE ALTA TECNOLOGIA E PROMOVENDO A ACESSIBILIDADE ESCOLAR, DE MODO QUE A ESCOLA TORNE DE FATO ACESSÍVEL A TODOS QUE NELA ENTRAR.

3.TRANSPORTE ESCOLAR ACESSÍVEL – PROGRAMA CAMINHO DA ESCOLA

O Transporte Escolar Acessível tem como objetivo responder a uma das principais demandas da população registradas durante visitas domiciliares do Programa BPC na Escola: a falta de transporte acessível como barreira que impede o acesso e freqüência dos estudantes com deficiência à escola. Por esse motivo, essa ação prioriza os municípios com maior número de beneficiários do BPC em idade escolar obrigatória e que estão fora da escola.

Os veículos adquiridos têm como objetivo transportar estudantes tanto para as aulas quanto para o Atendimento Educacional Especializado (AEE), rural ou urbano.
O Plano Viver sem Limite disponibilizará 2.609 veículos acessíveis até 2014 para atender a cerca de 60 mil estudantes com deficiência.

VOCÊ CIDADÃO
Caso você conheça alguém com deficiência entre 4 e 17 anos, na cidade ou na zona rural, que não consiga ir à escola por falta de transporte escolar, comunique à Secretaria de Educação, Conselho Tutelar, Conselho de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente ou ao Conselho de Direitos da Pessoa com Deficiência da sua cidade ou estado.

VOCÊ GESTOR
Para realizar adesão ao programa, acesse o Módulo Transporte Escolar Acessível, por meio do Simec. Estados e municípios também podem adquirir veículos por meio de recursos próprios ou financiamento.

Para adesão ao registro de preços, acesse o Sistema de Gerenciamento de Adesão a Registro de Preços (Sigarp), disponível no endereço: www.fnde.gov.br/sigarpweb. Para mais informações, acesse: www.fnde.gov.br/index.php/programas-caminho-da-escola.
A Rede Municipal de Ensino ganhou um ônibus escolar acessível do Governo Federal e dois pelo Governo Estadual.

Gestores! reúnam os pais dos alunos com deficiências inclusos em suas escolas e fale do direito do seu filho de usarem este benefício. Faça a escala do uso deste veículo colocando os alunos que necessitam deste transporte escolar acessível envie para sua Secretaria – Setor da Educação Especial e/ou a Secretaria do Transporte Escolar. Denunciem se estes ônibus forem utilizados para outros fins.

PAIS! Vigiem, fiscalizem e façam uso dos direitos dos seus filhos!!

4. PRONATEC

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) tem como objetivo principal expandir e democratizar a educação profissional e tecnológica no país. Uma das ações do programa é a Bolsa-Formação, que oferece cursos técnicos e de formação inicial e continuada (FIC), também conhecidos como cursos de qualificação profissional. Esses cursos são presenciais e serão realizados pela Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, por escolas estaduais e por unidades de serviços nacionais de aprendizagem, como o SENAC, o SENAI e o SENAR.

Existem dois tipos de Bolsa-Formação. Na Bolsa-Formação Estudante são oferecidos cursos técnicos com duração mínima de 800 horas, destinados a estudantes das redes públicas de ensino médio. Na Bolsa-Formação Trabalhador são oferecidos cursos de formação inicial e continuada para trabalhadores de diferentes perfis, com prioridade para aqueles em situação de vulnerabilidade social. Em ambos os casos, os beneficiários terão direito a cursos gratuitos e de qualidade, alimentação, transporte e a todos os materiais escolares necessários.

O Plano Viver sem Limite tem como meta oferecer 150 mil vagas da Bolsa-Formação para pessoas com deficiência até 2014. Essa ação contribui para o cumprimento da Lei de Cotas, pois amplia e diversifica a oferta de educação profissional e tecnológica gratuita no país e promove a qualificação para o trabalho.

VOCÊ CIDADÃO
Se quiser saber mais sobre como ingressar em um curso da Bolsa-Formação, acesse o portal do Pronatec no endereço:http://pronatecportal.mec.gov.br/index.html, envie uma mensagem para pronatec@mec.gov.br ou ligue gratuitamente 0800 61 6161, opção 8. Se você é estudante do ensino médio, procure a secretaria de sua escola.

Se você possui cadastro no CadÚnico, procure o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS).
Se você é beneficiário do seguro-desemprego, procure o Sistema Nacional de Emprego (SINE). Se você trabalha ou deseja trabalhar nos segmentos do turismo, inscreva-se para cursos Pronatec Copa, via internet, no endereço:www.pronateccopa.turismo.gov.br.

Se você conhece pessoas com deficiência que gostariam de fazer curso técnico ou de formação inicial e continuada, indique o Pronatec ou fale para que procurem o Conselho de Direitos das Pessoas com Deficiência ou o CRAS do seu município.

Faça seu cadastro no CadÚnico e mantenha-o atualizado. Não se esqueça de preencher todos os campos, inclusive os não obrigatórios.

VOCÊ GESTOR
As Secretarias Municipais e/ou Estaduais de Educação, Assistência Social,o CRAS e o SINE são responsáveis pela mobilização e divulgação dos cursos nas comunidades para viabilizar o preenchimento total das vagas.

É importante que as Secretarias de Assistência ou Promoção Social apresentem a oferta dos cursos da Bolsa-Formação às pessoas com deficiência beneficiárias do BPC, por meio de articulação com o Programa BPC Trabalho e BPC na Escola.

PAIS!! Cobram a implementação do Programa BPC na Escola na sua cidade! Vá à Secretaria de Ação Social e pergunte sobre o programa.

5.ACESSIBILIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR – INCLUIR

O Programa de Acessibilidade na Educação Superior – Incluir apóia projetos de criação ou reestruturação de Núcleos de Acessibilidade das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), responsáveis pela organização de ações institucionais para a eliminação de barreiras atitudinais, pedagógicas, arquitetônicas e de comunicação. Os Núcleos de Acessibilidade têm como finalidade garantir e aprimorar o acesso dos estudantes com deficiência a todos os espaços, ambientes,ações e processos desenvolvidos nas IFES, buscando seu pleno desenvolvimento acadêmico.
O Plano Viver sem Limite prevê apoio a para ampliação e fortalecimento de 63 Núcleos de Acessibilidade nas IFES até 2014.

VOCÊ CIDADÃO
Se você quer saber mais sobre o Incluir, entre em contato pelo telefones(61) 2022- 8181 / 8183 ou pelo e-mail: incluir@mec.gov.br.

VOCÊ GESTOR
As IFES devem elaborar seus projetos para os Núcleos de Acessibilidade e submetê-los à aprovação do Ministério da Educação (MEC). Quando aprovados, devem ser executados e implementados pelas próprias IFES, sob a orientação técnica e acompanhamento do MEC, por meio da Secretaria de Educação Superior (SESU) e da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi).

6. EDUCAÇÃO BILÍNGUE – FORMAÇÃO DE PROFESSORES E TRADUTORES – INTÉRPRETES EM LÍNGUA BRASILEIRA DE SINAIS (LIBRAS)

Hoje, no Brasil, está em atividade o curso de graduação em Letras/Libras, ofertado em 18 pólos, abrangendo as cinco regiões brasileiras.

Em relação aos tradutores-intérpretes, desde 2007, o Ministério da Educação realiza anualmente o Exame Nacional para Certificação de Proficiência em Libras e para Certificação de Proficiência em Tradução e Interpretação de Libras (Prolibras), que certificou 6.100 profissionais.

O exame está previsto para continuar sendo realizado até 2016.Para tornar realidade a educação bilíngue em nosso país, conforme disposto no Decreto 5.626/2005, há necessidade da formação de mais profissionais, professores e tradutores-intérpretes de Libras por ano.

O Plano Viver sem Limite criará 27 cursos de Letras/Libras – Licenciatura e 27 cursos de Letras/Libras – Bacharelado, com 2.700 vagas por ano para a formação de tradutores-intérpretes e 12 cursos de Pedagogia com ênfase na educação bilíngue, ofertando 480 vagas por ano, para a formação de professores.

Além disso, possibilitará a contratação de mais de 1.300 profissionais, entre professores e tradutores-intérpretes de Libras, para garantir acessibilidade aos estudantes com deficiência auditiva e/ou surdos nas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES).

VOCÊ CIDADÃO
Se você quer saber mais sobre a formação de professores e tradutores intérpretes em Libras, informe-se na Secretaria de Educação Superior (SESU) ou na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi), do Ministério da Educação, ou na IFES mais próxima.

VOCÊ GESTOR
As Secretarias de Educação estaduais e do Distrito Federal podem ofertar formação continuada de professores para o ensino de Libras, por meio do PAR.
As escolas podem demandar, via Plano de Formação Continuada, vagas em cursos de aperfeiçoamento para o ensino de Libras e para oferta do Atendimento Educacional Especializado (AEE).

Precisamos que o nosso Estado do Espírito Santo ofereça cursos de formação continuada também para a Região Noroeste, abrangendo os municípios de Barra de São Francisco, Águia Branca, água Doce do Norte, Mantenópolis, Ecoporanga. Esta área está carente em profissionais com  formação em LIBRAS e em profissionais voltados para o AEE nesta área. Fica aí o nosso apelo!

7.BPC NA ESCOLA
O Programa BPC na Escola é uma ação interministerial que envolve o Ministério da Educação (MEC), o Ministério da Saúde (MS), o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e a Secretaria de Direitos Humanos (SDH). Está voltado a crianças e adolescentes com deficiência (0 a 18 anos) que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Em 2007, o programa realizou o primeiro levantamento da situação escolar de crianças e adolescentes que recebiam o BPC. Constatou-seque aproximadamente 70% estavam fora da escola. Diante desse dado, foi realizado o trabalho intersetorial com busca ativa dos beneficiários, que incluiu 219 mil visitas domiciliares para diagnosticar as razões dessa exclusão. O resultado é que, atualmente, a porcentagem de beneficiários do BPC que estão na escola aumentou para 68,71%.

O Plano Viver sem Limite possibilitará a continuidade dessa ação, bem como seu aprimoramento, pois ainda temos mais de 139 mil crianças e adolescentes fora da escola.

Para participar do programa, prefeitos e governadores devem assinar termo de adesão específico. A partir daí, receberão do MDS uma relação dos beneficiários para realização das visitas domiciliares que deverão identificar, por meio da aplicação de um questionário, as principais barreiras que impedem ou dificultam o acesso e a permanência na escola. Após conhecimento das barreiras, serão viabilizadas ações intersetoriais para a superação dos entraves e para garantir que os beneficiários acessem e permaneçam na escola, com o acompanhamento dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), das escolas, das unidades de saúde, dos Conselhos Tutelares, entre outros órgãos que fazem parte da rede de proteção aos direitos das crianças e adolescentes.

VOCÊ CIDADÃO
Toda criança e adolescente, com ou sem deficiência, tem o direito de estudar. Caso você conheça alguém nessa faixa etária que esteja fora da escola, dirija-se ao Conselho Tutelar, ao Ministério Público, ao CRAS de sua cidade e garanta que essa pessoa tenha seu direito assegurado.

Para saber se o seu município já aderiu ao Programa BPC na Escola, dirija-se à Secretaria Municipal de Assistência Social ou à Secretaria de Educação.
Faça seu cadastro no Cadastro Único (CadÚnico) e mantenha-o atualizado. Não se esqueça de preencher todos os campos, inclusive os não obrigatórios.

VOCÊ GESTOR
Está aberto o sistema para a realização das adesões ao Programa BPC na Escola. Estados, Distrito Federal e municípios poderão aderir ao programa, mediante preenchimento do Termo de Adesão constante no site: http://aplicacoes.mds.gov.br/bpcnaescola. A realização desse procedimento é efetuada exclusivamente pelo representante legal da unidade da Federação.

Para outras informações, ligue 0800 707 2003 ou mande um e-mail para: bpcnaescola@mds.gov.br.
Atenção: mesmo que seu estado ou município já tenha realizado a adesão ao Programa BPC na Escola em 2008, é imprescindível reafirmar o compromisso.

Secretaria de Ação Social de todos os municípios não se esqueçam de reafirmar este compromisso!

Abraços inclusos!
Diones