NOVAS MÚSICAS....

Rosa de Hiroshima

Ney Matogrosso

Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

VÍDEO DA MÚSICA:

http://www.youtube.com/watch?v=TGXDXoUAFms

REFLEXÃO DA MÚSICA: “A ROSA DE HIROXIMA”.

Esta música de Vinicius de Moraes, cantada por Nei Mato Grosso, mostra toda a revolta contra os atos desumanos. Retrata o lançamento da bomba atômica, em 1945, nas cidades de Nagazáki e Hiroxima pelos americanos. Vimos acabar mais um ato desumano: “A Guerra dos EUA X Iraque”. Uma guerra hegemônica e petrolífera para garantir a supremacia dos Estados Unidos.

Uma guerra que matou milhares de inocentes, aniquilou cidadãos civis. Tudo em prol da ideologia e do dogmatismo de pessoas que só pensam em si, em poder e lucro, sem preocupar com as conseqüências desastrosas para a humanidade.

Pessoas que não se preocupam com os traumas psicológicos que afetarão seus soldados, com familiares dos mortos, com a mutilação física dos inocentes, da radioatividade que impregna a terra, causando por vários anos doenças irreversíveis, como: câncer, cegueira e a surdez nas crianças, destruições no meio ambiental! Não pensam nas feridas (marcas humanas e impactos ambientais) que demorarão anos para cicatrizar. Não pensam nas pessoas que passarão fome e frio, nos carentes de vida e de amor.

Portanto, estes conflitos só trazem dar, sofrimento e conseqüências maléficas na economia e na política para todas a nações.

Tudo isso é causado pela FALTA DE ACOLHIMENTO e de solidariedade entre os povos. Resultando um número maior de pessoas portadoras de necessidades educativas. Os frutos de qualquer guerra sempre resulta pessoas com perda de visão e de audição, proliferação de doenças genéticas e hereditárias causando a morte de muitas gerações futuras.

O mundo está carente de ACOLHIMENTO, de INCLUSÃO, precisamos de PAZ NA TERRA. Precisamos praticar o maior dos mandamentos de Jesus: “amai-vos uns aos outros como eu vos amei”.

Há muita sede de justiça no ar! Há fome de amor e de solidariedade! O homem necessita de amor, quer a PAZ, uma vida digna para todos! Anseia e almeja uma EDUCAÇÃO INCLUSIVA: com todos e para todos. O mundo precisa de uma educação acolhedora, que aceita as diferenças, que trabalhe com as diversidades, que acolhe os “excluídos”, os oprimidos e as diferenças.

O mundo está carente de AFETIVIDADE, de respeito mútuo! Está carente de DEUS! O amor anula as diferenças entre as pessoas! Precisamos ter um “novo olhar para as crianças portadoras de necessidade educativas”, aceitar a inclusão; lutar por uma sociedade mais inclusiva, menos excludente e menos preconceituosa.

Necessitamos de uma educação humanística e holística: que humanize o homem; que o ensine realmente os pilares: “aprender ser” e a “aprender a conviver”. Enfim, que possamos construir um mundo mais humano, mais fraterno e justo. É preciso construir uma sociedade que contemple o RESPEITO pelo outro, com todas as suas diferenças. Fazer uso da solidariedade e da cooperação, como prática diária de nossas vidas.

Que a tolerância, a igualdade na diversidade, a luta contra a miséria e a opressão em favor dos direitos humanos possam ser vivenciados por todos.

O diálogo e o amor são os caminhos para a paz no mundo e esta começa a ser construída no nosso pequeno mundo, quando respeitamos as idéias, os pensamentos, os credos, as diferenças, desarmando os espíritos e estabelecendo laços.

A terra é para ser um espaço de respeito e de amor não de GUERRA, espaço de ternura e não de HORROR.

Que todos os irmãos, seres cidadãos possam se dar às mãos, lutando pelo mesmo sonho: “PAZ NA TERRA”, só assim poderemos ofertar e doar em um gesto de solidariedade flores para o irmão.

Vamos sonhar que um “outro mundo é possível”, e necessário (Eduardo Galeano): “Enquanto as bombas se cruzam e os homens se matam, as rosas enviam, para além da fronteiras e dos ódios, sua universal mensagem de amor”. (Dom Hélder Câmara).

 Diones Barcelos Bragança – Supervisora Escolar – SREMN

ESTA REFLEXÃO FOI FEITA POR MIM APROXIMADAMENTE NO ANO DE 2000-2001,  QUANDO TRABALHAVA NA SUPERINTÊNCIA REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE BARRA DE SÃO FRANCISCO - ES