PROFISSIONAL DE SUMA IMPORTÂNCIA NA VIDA DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA, AJUDANDO-OS A MELHORAR SUA COMUNICAÇÃO. |
9 de Dezembro – Dia do Fonoaudiólogo
Profissional da área de saúde com formação superior em Fonoaudiologia - cuida dos distúrbios da fala, audição, escrita, leitura e demais problemas que afetam a comunicação humana.
A profissão foi regulamentada no Brasil em 9 de dezembro de 1981 através da lei no 6.965, daí a razão da escolha da data para homenagear os fonoaudiólogos.
De acordo com o Conselho Federal de Fonoaudiologia, Audiologia, Linguagem, Motricidade Oral e Voz são as especialidades reconhecidas na profissão e, consequentemente, áreas de atuação do fonoaudiólogo.
Atuando em consultórios, clínicas, hospitais, postos de saúde, escolas e instituições especializadas, o fonoaudiólogo trata as disfunções da fala e escrita e desempenha importante papel na integração social de pessoas com tais deficiências.
Pode também auxiliar profissionais que precisam da voz para executar determinadas atividades como professores, políticos, locutores e artistas, além de elaborar programas de redução de ruído em fábricas e indústrias e reeducar músculos da cabeça e pescoço de portadores de aparelhos dentários.
O fonoaudiólogo pode atuar em quatro áreas distintas:
Audiologia
Realiza exames audiológicos para verificar a audição dos pacientes; selecionar e adaptar aparelhos de surdez e habilitar ou reabilitar deficientes auditivos. Uma pessoa pode desconfiar de alguma doença auditiva ao avaliar a capacidade de audição. Baixa audição é sinal de que algo está errado e deve ser verificado junto a um especialista que pode ser o fonoaudiólogo. E a avaliação deve ser feita ainda no bebê. Desde o quinto mês de gestação, os bebês já são capazes de reconhecer a voz da mãe.
Linguagem
Reconhece problemas relacionados ao aprendizado da língua, habilita crianças com atraso ou deficiência de linguagem ou pacientes que adquiriram a linguagem mas a perderam por algum motivo, como derrame cerebral, por exemplo.
Os problemas de linguagem podem se manifestar de forma variada como retardo na emissão das primeiras palavras, deficiência na formação de frases; omissões e acréscimos de sons na fala; troca de fonemas; gagueira, entre outros. Após reconhecer o problema, o fonoaudiólogo deve corrigir as disfunções, através de estimulação de acordo com o caso.
Motricidade oral.
É a área que se concentra na musculatura da face, boca e língua. O fonoaudiólogo soluciona problemas relacionados à sucção, mastigação, deglutição, respiração e fala. Pode auxiliar quem posiciona a língua de modo errado ou engole alimentos de forma incorreta, de modo a contribuir para o mau alinhamento dentário. Também pode facilitar a respiração nasal de quem respira pela boca.
- Voz: o fonoaudiólogo que atua nessa área pode não só prevenir os distúrbios da voz como aperfeiçoá-la. A voz é produzida nas pregas ou cordas vocais, passando pelas cavidades oral e nasal e faringe, que funcionam como amplificadores naturais.
A atuação do fonoaudiólogo é ampla e abrange várias áreas. Na escola......
Nas escolas pode atuar na promoção da saúde da comunidade escolar, englobando educadores, professores, alunos e familiares. Envolve aspectos do ambiente educacional, condições e organização do trabalho docente, inclusão de pessoas com necessidades especiais, processos de construção da oralidade e da escrita dos alunos e saúde vocal do professor.
Seleção e adaptação de prótese auditiva em sujeitos com alterações que comprometam suas habilidades de comunicação.
· A FONOAUDIOLOGIA NA ESCOLA ESPECIAL
Todo esse processo de legitimação da educação especial - tanto nas escolas de ensino regular, como nas escolas especiais -, permitiu a inserção do fonoaudiólogo na escola especial, devido a sua formação acadêmica que é basicamente clínica, tornando-o apto a dar diagnósticos e a planejar terapias adequadas aos alunos acometidos por distúrbios da comunicação. Conferiu-lhe também uma maior freqüência nos quadros admissionais das escolas comuns.
Quando a escola está constituída como uma instituição voltada para o atendimento educacional e clínico de pessoas portadoras de necessidades especiais, o trabalho do fonoaudiólogo, inclusive em termos de atendimento clínico, é considerado como uma atividade pertinente aos objetivos e propostas da instituição (...). (ZORZI, 1999, p. 1).
Para Zorzi (1999, s.p.), a Fonoaudiologia "veio em resposta a uma necessidade de atendimento ao sujeito portador de diversas dificuldades relacionadas à comunicação", quem quer que seja esse portador ou quaisquer que sejam as suas dificuldades, de forma que atua em qualquer campo no qual seus conhecimentos teóricos e práticos sejam solicitados.
Martins (In GIROTO, 2001, p. 119) corrobora a visão de Zorzi quando afirma que "(...) acreditamos que o fonoaudiólogo enquanto profissional que atua nas áreas de comunicação oral e escrita, fala, voz e audição, tem muito a oferecer tanto para as crianças deficientes quanto para as crianças não deficientes (...)".
O DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL é a chave da resolução dos problemas, porque indivíduos com atraso simples de linguagem, dispraxia da fala, desordem pragmático-semântico, agnosia auditiva, falhas na discriminação ou no processamento auditivo ou a inadequada estimulação no lar e ainda com retardo mental ou hiperatividade, não podem ser confundidos nas suas características. Dessa forma, necessitam dE UMA ANÁLISE MAIS GLOBAL E INTEGRADA DOS SINTOMAS OU DISTÚRBIOS, por parte do fonoaudiólogo, auxiliando na definição do diagnóstico correto e terapia mais adequada.
Embora o profissional atue em ambos os campos, estes divergem entre si na prática fonoaudiológica. O fonoaudiólogo precisa fazer uma distinção entre as escolas especiais, que são voltadas para o atendimento clínico de pessoas com deficiências e as escolas comuns (regulares) que possuem objetivos unicamente pedagógicos.
Nas escolas especiais, o fonoaudiólogo faz parte de uma equipe técnica e atua de acordo com a proposta da instituição, junto a alunos com limitações ou distúrbios na comunicação, sejam estas de origem orgânica, genética ou funcional.
Nesse contexto, agem em caráter multifuncional, prevenindo e tratando terapeuticamente os alunos dessas instituições.
Na escola, o fonoaudiólogo se apresenta como um parceiro que pode compartilhar as diferentes práticas que levem a um melhor desenvolvimento de linguagem e conseqüentemente, um melhor desempenho escolar, garantindo ao educador o controle do espaço e do processo educativo. O aluno antes tido como doente pode ser compreendido e descoberto (CAVALHEIRO apud GIROTO, 2001, p.16).
O terapeuta convive, quase que diariamente, com pessoas que apresentam déficit no desenvolvimento da linguagem, podendo orientar seu trabalho de acordo com a tendência atual da fonoaudiologia que é olhar o "sujeito" como um todo, observando os aspectos lingüísticos e neurológicos, ou seja, pode realizar seu diagnóstico conforme os aspectos psicológicos, neurológicos, lingüísticos, sócio-culturais.
O fonoaudiólogo pode contribuir de forma ampla no processo de interação professor – aluno, elaborando planos que favoreçam o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, de prevenção das disfunções da linguagem através da detecção precoce das mesmas.
O corpo docente, através da orientação do fonoaudiólogo, poderá reconhecer os sintomas básicos de alguns distúrbios da comunicação mais recorrentes, e, a partir da sua detecção, comunicar ao terapeuta o qual, por sua vez, fará uma avaliação pormenorizada desses fatores, promovendo a ação clínica dentro da escola.
Para G. A. H. Martins (apud GIROTO, 2001, p.113), "o fonoaudiólogo deve estar atento para diferenciar os problemas de ordem intelectual dos problemas de ordem pedagógica e/ou ambiental e, a partir disso, adotar condutas preventivas direcionadas à orientação do professor em relação ao desenvolvimento global da criança (...)". O fonoaudiólogo fará uma descrição dos aspectos emocionais, fala, linguagem, psicomotricidade, ressaltando as habilidades do aluno para que estas sejam estimuladas, também possibilitando um diagnóstico precoce, caracterizando um trabalho de prevenção.
Do ponto de vista de Bosch e Del Río (in PEÑA-CASANOVA, 1997, p. 224), "a presença de um fonoaudiólogo na escola também deve servir para detectar nos níveis pré-escolar, possíveis disfunções, que com uma intervenção específica, normalmente por parte do próprio professor, podem ser reconduzidas com facilidade aos níveis esperados (...)". Este processo de detecção precoce auxiliará diretamente no trabalho da linguagem oral em sala de aula, potencializando os níveis de expressão lingüística, o que trará um melhor rendimento nas áreas de aprendizagem escolar.
A parceria entre fonoaudiólogo/professor pode beneficiar a toda a comunidade escolar sob vários aspectos, principalmente porque é o professor que está em contato direto com o aluno, de forma que percebe melhor suas limitações, através da observação do seu comportamento em sala de aula.
Essa interação professor/fonoaudiólogo é um fator de relevância no processo terapêutico, uma vez que o aluno, na escola regular ou na escola especial, interage diretamente com esses dois profissionais, de forma que o educador pode observar o progresso da ação terapêutica e garantir a manutenção da mesma.
Assim, torna-se necessário que professor e fonoaudiólogo desenvolvam um trabalho irmanados em uma relação recíproca, haja vista que ambos os profissionais atuam de forma específica e detêm experiência na área educacional.
Dessa forma, ambos os profissionais, de posse da compreensão dos benefícios dessa realidade, podem seguir esse trabalho, auxiliando-se mutuamente, respeitando as limitações e particularidades de cada profissional, tendo em mente o objetivo em comum: o progresso do desenvolvimento cognitivo do aluno.
Fonte: www.ibge.gov.br
“Amar é... ver o outro diferente mesmo se ele é igual a toda a gente, é vê-lo especial se ele é diferente!”
PARABÉNS A TODOS OS FONOAUDIÓLOGOS!!!!!
OBRIGADO POR AJUDAR NA MELHORIA DO DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. SEU TRABALHO MERECE TODO O NOSSO RESPEITO E CONSIDERAÇÃO.
ABRAÇOS INCLUSOS1
DIONES
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