quarta-feira, 21 de agosto de 2013

A FAVOR DA POLITICA NACIONAL DA EDUCAÇÃO ESPECIAL NUMA PERSPECTIVA INCLUSIVA

As conquistas do país na última década em relação ao direito à educação inclusiva só reforçam a certeza de que a sociedade contemporânea exige a construção de espaços em que se respeitem a singularidade e a potencialidade das pessoas. A fim de se alcançar o bem-estar individual e coletivo, é preciso reconhecer a dignidade de todos os seres humanos. A educação é um dos direitos básicos e inalienáveis de todas as crianças e jovens, conforme documentos nacionais e internacionais, que legislam sobre os direitos universais dos indivíduos. Educação esta que deve ser de qualidade, para todos, e em uma perspectiva inclusiva, que não permita nenhuma forma de discriminação e preconceito.

A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência da ONU, tratado de direitos humanos, ratificado pelo Brasil com força de norma constitucional, desde agosto de 2008, em seu artigo 24 determina que o sistema educacional deva ser inclusivo por princípio. Orienta que todas as formas de acessibilidade devam ser utilizadas no processo de ensino-aprendizagem para garantir e tornar efetivo o exercício do direito à educação.


A educação inclusiva implica em acesso e permanência dos alunos, qualidade social da educação, gestão democrática dos recursos públicos, garantia de respeito e incorporação das identidades sociais, culturais, afetivas, étnicas, físicas e de gênero de todos os envolvidos, num processo de diálogo, aprendizagem e construção de novas formas de trabalhar cooperativamente. As diretrizes do Ministério da Educação contidas na Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (MEC/2008) destacam a importância dos valores inclusivos na educação.

Assim, observa-se que as diretrizes do MEC visam à garantia do acesso e da permanência dos alunos com deficiência nas diversas modalidades de ensino, contando muitas vezes com o envolvimento de outros atores nesse processo. O Atendimento Educacional Especializado – AEE, que foi instituído pela Resolução Nº 4 do Conselho Nacional de Educação (CNE) e pela Câmara de Educação Básica (CEB), em outubro de 2009, é uma estratégia que contribui para a equiparação de oportunidades na educação regular aos alunos com deficiência, TGD e altas habilidades.

Dentro deste contexto de conquistas históricas e de avanços importantes que ainda virão, a Mais Diferenças reitera seu total apoio à Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva e ao texto dado à Meta 4 pelo relator do Plano Nacional de Educação (PNE), Senador José Pimentel. Este texto respeita as deliberações da Conferência Nacional de Educação (CONAE) de 2010 e visa garantir o direito à educação:


“PNE– Me ta 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.”

 (Publicado por: www.inclusaoja.com.br)



quinta-feira, 15 de agosto de 2013

INFORMAÇÕES SOBRE O TRABALO ARTICULADO ENTRE O SERVIÇO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL E OS TRANSTORNOS FUNCIONAIS ESPECÍFICOS



 De acordo com a Política Nacional da Educação Especial Numa Perspectiva Inclusiva, os alunos com transtornos funcionais específicos não são categorizados como sujeitos público - alvo da Educação Especial, mas o Serviço da Educação Especial deve fazer um trabalho articulado para responder a necessidades desses alunos.
No ano de 2011, fazendo um Curso de Pós-Graduação em AEE- Atendimento Educacional Especializado pela UFC-MEC, fiz um questionamento à supervisora: Como a Educação Especial pode fazer este trabalho? Que estratégias deveriam ser implementadas para efetivação deste trabalho articulado? Veja o que ela respondeu:

 Oi Diones! 

O trabalho articulado , de que falas, está diretamente ligado com a proposta pedagógica da escola e da forma como ela se movimenta perante as situações apresentadas.Num dado momento, quando discutíamos sobre temporalidade, nos fóruns, vc já colocava a importância da proposta da escola e da realidade de cada uma.
Porém, aponto que a educação especial, como modalidade que perpassa todos os níveis e etapas de ensino, deve estar presente, independente de a escola possuir, por exemplo, sala de recursos multifuncionais. As pessoas com deficiência devem ter seus direitos assegurados, acesso à escolarização e atendimento de acordo com suas necessidades. Assim, sendo a educação especial como modalidade, tem como serviço a oferta do AEE, formação continuada para professores, etc... Com isso, independente de um aluno estar ou não em atendimento educacional especializado, a escola tem que proporcionar meios de aquisição e acesso ao conhecimento, minimizando às necessidades educacionais desses alunos. Quando se fala em “trabalho articulado”, é no sentido de que não existe uma educação especial, fora da sala de aula comum, ela existe e acontece concomitantemente com o desenvolvimento do currículo, na aula regular, por isso “articulado”, ao mesmo tempo, em todo momento. Porém, ainda posso acrescentar que o termo articulado pode ser é deve ser ampliado: por exemplo: como pode a escola desenvolver estratégias para os alunos com dislexia, por exemplo. Qual o papel do professor especialista do AEE na escolha dessas estratégias? Qual o papel da escola no atendimento ao público com necessidades educativas especiais? Será que o aluno X com dislexia , discalculia, é público ou não do AEE? Essa resposta, você apenas saberá após um estudo de caso especifico desse aluno, pois esses transtornos que você aponta, devem ser verificados no seu contexto maior, ou seja, verificar se estes estão ou não associados a uma deficiência, por exemplo. No entanto, o importante é a escola articular-se coletivamente, pois o profissional do AEE, que faz o AEE, identifica, elabora, organiza recursos pedagógicos para eliminação das barreiras. Ele pode ser, sob meu ponto de vista, um articulador para a eliminação das barreiras existentes entre professor da sala comum – aluno – conhecimento.
Porém, vamos continuar dialogando...
E o que pensam a respeito teus colegas? A tutora?

Abraços
Com carinho
Marilei Chiesa – Supervisora DF

Lembrando o Atendimento na sala de recurso são para os  sujeitos público-alvo da Educação Especial. Na SRM, devem ser atendidos prioritariamente os alunos com deficiências, os alunos com TGD e os SD/HA.






 o AEE não é REFORÇO ESCOLAR. Mas um complemento diferenciado, com estratégias diferentes ajudando na formação do aluno.





























domingo, 11 de agosto de 2013

MODELO DE RESUMO DO AEE PARA SER COLOCADO NO PPP DAS ESCOLAS DO ES


COMO TODOS sabemos é preciso colocar o AEE no PPP das escolas, como retrata a Nota TÉCNICA – SEESP/GAB/Nº 11/2010 que orienta às escolas a contemplarem o Atendimento Educacional Especializado nas propostas pedagógicas das escolas. Veja um freve resumo, mas falta detalhar se há alunos que também frequentam as Apaes, os nomes dos profissionais da Rede de Apoio, os professores das salas de recursos, etc.. Podem colocar em anexos (tabelas). Este é apenas um resumo básico.

 PROPOSTAS DE ATENDIMENTO DOS ALUNOS PÚBLICO-ALVO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

              A Educação Especial é uma modalidade de ensino da Educação Básica, de caráter transversal perpassando todos os níveis, etapas e modalidades atendendo adolescentes e adultos com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e superdotação/altas habilidades tendo o AEE - Atendimento Educacional Especializado como parte integrante do processo educacional.

            A Educação Especial desenvolvida pela EEEFM   (NOME DA ESCOLA) orienta sua ação nos fins da Educação Nacional, previstos no Art. 2º e artigo 3º, Inciso I da Lei Federal – LDB – 9394/96 e no Documento das Diretrizes Básicas da Educação Especial do Estado do Espírito Santo.

Para atender às especificidades dos alunos públicos - alvo da educação especial, no processo educacional e, no âmbito de uma atuação mais ampla, a escola orienta-se sua organização curricular no desenvolvimento de todos os alunos e no desenvolvimento de práticas colaborativas na escola regular.

 A escola atende ao Parecer     CNE/CEB Nº 17/01, que define que o projeto     pedagógico de uma escola inclusiva deverá atender ao princípio da flexibilidade para que o acesso ao currículo seja adequado às condições do aluno, favorecendo seu processo escolar.

                De acordo com a Resolução CEE Nº 1286, de 29/05/2006, a Educação Especial será oferecida preferencialmente na Rede Regular de Ensino, em todas as etapas e níveis de ensino, tendo como objetivos:
I _Contribuir para o desenvolvimento global das potencialidades dos alunos;
II _ Incentivar a autonomia, cooperação, espírito crítico e criativo da pessoa portadora de necessidades educativas especiais;
III - Contribuir para a preparação dos alunos para participarem ativamente no mundo social, cultural, dos desportos, das artes e do trabalho;
IV - Proporcionar condições para a freqüência desses educandos á escola em todo o fluxo de escolarização respeitando os ritmos próprios dos alunos;
V - Desenvolver programas voltados à preparação para o trabalho;
VI - Promover o envolvimento familiar e da comunidade no processo de desenvolvimento global do educando. (p: 20).
             Além destes, a escola EEEFM Governador Lindemberg (Colocar o nome da escola a ser realizada o PPP), possui os objetivos específicos, dentre os quais:
_ Promover um ensino de qualidade através da melhoria dos índices dos resultados da avaliação dos alunos com deficiências inclusos;
_ Organizar e estruturar a sala de recurso com equipamentos tecnológicos conectados à rede de internet;
_ Promover reuniões de estudos e conselhos de classe com os professores das salas de recursos;
_ Sensibilizar toda a escola, desde a equipe administrativa, corpo docente/discente para aceitação das diferenças e da diversidade;
_ Promover uma maior integração entre professores regulares com alunos inclusos x professores das salas de recursos fortalecendo o trabalho colaborativo;
_ Promover e divulgar as atividades pedagógicas, eventos culturais e artísticos feitos pelos alunos e professores da sala de recurso:
_ Acompanhar e assessorar a flexibilização curricular realizada pelos professores das salas de aula sob orientação do professor especializado;
_ Envolver os alunos com deficiências inclusos nos projetos desenvolvidos pela escola;
_ Envolver a família no atendimento às necessidades dos alunos e promover orientação ás mães;
_ Visitar a sala de recurso para acompanhamento e monitoramento.          
              A Educação Especial na EEEFM Governador Lindemberg como modalidade de ensino, direciona suas ações para o atendimento educacional especializado, que é o conjunto de atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos organizados institucionalmente, prestado de forma complementar ou suplementar à formação dos alunos no ensino regular.

O atendimento educacional especializado na escola não é confundido com atividades de mera repetição de conteúdos programáticos desenvolvidos na sala de aula, mas constituem um conjunto de procedimentos específicos mediadores do processo de apropriação e produção de conhecimentos.
A SRM é um espaço físico onde se realiza o atendimento Educacional Especializado - AEE. É dotada de mobiliários, materiais didáticos e pedagógicos, recursos de acessibilidade e equipamentos específicos para o atendimento aos alunos, em turno contrário ao que freqüentam a escola comum.
Os alunos público-alvo da educação especial matriculados na escola são atendidos no contraturno na sala de recurso multifuncional, onde há dois professores especializados, sendo um professor para atendimento dos alunos com deficiência intelectual, múltipla e com transtornos globais do desenvolvimento e outro professor exclusivamente para atendimento das necessidades dos alunos com deficiência auditiva.

Neste ano há aproximadamente 14(quatorze) matrículas de alunos público-alvo da Educação Especial nas salas regulares de ensino. Destes, são 01 (um) aluno com deficiência visual: baixa visão; 01 (um) aluno com surdez; 12 (doze) com deficiência intelectual e múltipla. (ESPECIFICAR os alunos matriculados da sua escola)

Os alunos matriculados na sala de recursos são avaliados de acordo com os avanços e crescimento dos alunos registrados por meio do instrumento de fichas descritivas. Quanto à avaliação dos alunos na sala de aula regular, estes são avaliados de acordo com a flexibilização curricular elaborada individualmente para cada aluno, respeitando o tempo e o ritmo de aprendizagem. Além dos instrumentos de provas, avaliações orais os professores também registram os avanços dos alunos nas fichas descritivas.

Quanto à rede de apoio a escola não possui intérpretes e instrutor de LIBRAS, cuidadores deixando a desejar o atendimento do aluno com surdez. Este aluno apenas recebe atendimento em sala de recurso com a professora especializada que ministra o AEE em e de LIBRAS, dando ênfase à aprendizagem desta língua. (fazer um relato, uma explicitação da sua escola)
A escola reforçou ânimos para lutar (metas) por uma política pública para a educação especial que contemple: a) Formação continuada para os professores da sala de aula regular;  b) Promoção de cursos específica na área da Deficiência Auditiva; c)Articulação intersetorial  entre  a  escola/SEMEC/SEDU e as secretarias de saúde , transporte, Ação Social visando agilizar  laudos médicos e transportes para os alunos; d) Mudanças na proposta curricular da educação básica a partir do princípio da inclusão; e) Contratação de intérpretes de LIBRAS para a escola  a partir da demanda apresentada.
                Enfim, é preciso que a escola ao trabalhar com o aluno público - alvo da educação especial planeje alternativa e intervenções; diversificando as situações de aprendizagem para adaptar às especificidades dos alunos: desafiando e motivando constantemente a capacidade dos alunos; propondo situações desafiadoras e motivadoras para estimular o pensamento e a capacidade cognitiva da criança. É preciso que a escola desenvolva uma Proposta Pedagógica inclusiva, que atenda à  toda diversidade.         
         
REFERÊNCIAS

BRASIL. Congresso Nacional. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – Lei n. º 9.394/96, de 20 de dezembro de 1996. Diário Oficial da União, 23 de dezembro de 1996.


BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Sala de Recursos Multifuncionais: espaços para o Atendimento Educacional Especializado. Brasília: MEC/SEESP, 2006.


ESPÍRITO SANTO. SEDU Secretaria Estadual de Educação do Estado. Diretrizes da Educação Especial na Educação Básica e Profissional na Rede Estadual de Ensino.  2ª edição. Vitória: 2011.


ESPÍRITO SANTO. SEDU Secretaria Estadual de Educação do Estado. Resolução CEE Nº 1286, de 29/05/2006. Define normas, princípios para a educação no Estado do Espírito Santo. Vitória: 2006.

DICAS para ajudar o corpo docente nas dificuldades de aprendizagens dos alunos: Transtornos funcionais específicos

Colegas, lembre-se os alunos com transtornos funcionais específicos NÃO SÃO público - alvo da Educação Especial, mas o serviço da EE deve fazer um TRABALHO ARTICULADO para responder as necessidades destes alunos. ejam algumas dicas valiosas, podem ajudar a melhorar o atendimento a estes alunos;
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 COMO RECUPERAR ALUNOS COM DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM

Para obter sucesso com o aluno que apresenta dificuldade de aprendizagem é preciso refazer suas visões e replanejar suas ações cotidianas. Eis algumas sugestões para trabalhar as dificuldades na prática pedagógica:

1º PASSO: efetivar o seu compromisso com esses alunos. É preciso optar pôr esse tipo de aluno. Os que já aprenderem tem possibilidades de ir em frente com ajuda. Porém, os que ficaram na mesma, não saíram do lugar, são os que mais necessitam de você. Só assim esses alunos terão capacidade de aprender e crescer.

2º PASSO: Refazer sua cabeça em relação a alunos mais lentos e com pouca aprendizagem: Mude seu pensamento em relação a alunos com dificuldade de aprendizagem. Visões negativas são a base de um trabalho pedagógico rotulista e discriminatório observe seu aluno, ele deve ter aspectos positivos. Em algo ele é bem sucedido. Refaça sua visão sobre seu aluno com dificuldade de aprendizagem, acredite mais nele. Só assim você poderá criar um contexto que possa vir levantar a auto – estima e auto-conceito de seu aluno com dificuldade de aprendizagem.

3º PASSO: Após desfazer estereótipos, pois isto constrói uma boa imagem de seu aluno com dificuldade de aprendizagem. Sabe que eles têm lados também positivos. É só conquistá-los agora com muita afetividade e fazê-los crer que são inteligentes e que têm capacidade de ir em frente. Leve a esses alunos palavras positivas. Elogie cada ação, cada ato, cada produção, apesar de não estarem acordo com suas expectativas.

Conscientize-se que os alunos, na verdade não são iguais. Cada um é diferente do outro. Histórias de vida, fatos, interesses, ritmos, personalidade os diferenciam uns dos outros.

4º PASSO: Você criou um contexto sócio-afetivos de sucesso para os seus alunos com dificuldade de aprendizagem. Agora é fazer um trabalho pedagógico efetivo em cima do que o aluno já sabe. Para isso é preciso saber diagnosticar para planejar boas e alternativas intervenções.

Nesse momento é preciso nos comportar, conforme Luckesi, como bons médicos: aquele que diagnostica e trata. O mal médico só avalia o caso, mandando seu paciente para casa e, consequentemente, para o cemitério.

Sabemos que para aprender faz-se necessário existir uma interação sujeito x outro x objeto. O aluno necessita ter alguém, (professor, adulto ou colega mais experiente) para mediar os conhecimentos produzidos historicamente pela humanidade.

A escola e o aprendizado do aluno são importantes, pois ajudam a despertar os processos internos de desenvolvimento do indivíduo. Portanto, o processo de apropriação acontece pôr meio de um processo interpessoal (atividade mediada) que se transforma em intrapessoal (atividade voluntária). Neste sentido, Vygotsky, afirma que:

... Todas as funções no desenvolvimento da criança aparecem duas vezes: primeiro no nível social e depois no nível individual: primeiro entre pessoas (interpsicológica) e depois no interior da criança (intrapsicológicas) (...) Todas as funções superiores originam-se das relações reais entre indivíduos humanos (1993, p. 64).

Ao longo do tempo, ao professor atribuíram-se vários papéis: transmissão de conteúdos, não interferência, orientação da aprendizagem. É preciso nos questionar até que ponto os papéis assumidos pelo professor ao longo da história da educação brasileira têm de fato promovido o domínio dos conteúdos necessários par ao aluno com ser social e político numa sociedade de luta de classes. Portanto, a apropriação dos conteúdos só se efetiva com mediação.

Dicas importantes para se ensinar à turma toda

Para ensinar a turma toda, parte-se e que as crianças sempre sabem alguma coisa, de que todo educando pode aprender, mas no tempo e do jeito que lhe são próprios.

- É fundamental que o professor nutra uma elevada expectativa pelo aluno. O sucesso da aprendizagem está em explorar talentos, atualizar possibilidades desenvolver predisposições naturais de cada aluno. As dificuldades, deficiências e limitações são reconhecidas, mas não devem conduzir/restringir o processo de ensino, como comumente acontece.

- Para ensinar a turma toda, independentemente das diferenças de cada um dos alunos, tem de passar de um ensino transmissivo para uma pedagogia ativa, dialógica, interativa, que se contrapõe a toda e qualquer visão unidirecional, de transferência unitária, individualizada e hierárquica do saber.

_ Um dos pontos cruciais do ensinar a turma toda são a consideração da identidade sociocultural dos alunos e a valorização da capacidade de entendimento que cada um deles tem do mundo e de si mesmos. Nesse sentido, ensinar a turma toda reafirma a necessidade de se promover situações de aprendizagem que formem um “tecido colorido” de conhecimento, cujos fios expressam diferentes possibilidades de interpretação e de entendimento de um grupo de pessoas que atua cooperativamente. Sem estabelecer uma referência, sem buscar o consenso, mas investindo nas diferenças e na riqueza de um ambiente que confronta significados, desejos, experiências, o professor deve garantir a liberdade e a diversidade das opiniões dos alunos. Nesse sentido, ele deverá propiciar oportunidades para o aluno aprender a partir do que sabe e chegar até onde é capaz de progredir. Afinal, aprendemos quando resolvemos nossas dúvidas, superamos nossas incertezas e satisfazemos nossa curiosidade.

 DIFICULDADES APRENDIZAGEM X DISTÚRBIOS DE APRENDIZAGEM

Os termos dificuldades e distúrbios de aprendizagem têm gerado muitas controvérsias entre os profissionais, tanto da área da educação quanto da saúde. Isto porque, há uma sintomatologia muito ampla, com diversidade de fatores etiológicos, quando se considera o aprendizado da leitura, escrita e matemática. Entretanto, é necessário uma adequação nestas terminologias a fim de possibilitar uma homogeneização quando estes casos são discutidos pelos profissionais das áreas afins.

Considerando-se os dois principais manuais internacionais de diagnóstico, os transtornos de aprendizagem são assim definidos:

1. CID – 10: organizado pela Organização Mundial de Saúde - OMS/1992: "Grupos de transtornos manifestados por comprometimentos específicos e significativos no aprendizado de habilidades escolares. Estes comprometimentos no aprendizado não são resultados diretos de outros transtornos (tais como retardo mental, déficits neurológicos grosseiros, problemas visuais ou auditivos não corrigidos ou perturbações emocionais) embora eles possam ocorrer simultaneamente em tais condições"... (1993, p. 237).

2. DSM – IV: organizado pela Associação Psiquiátrica Americana/1995: “Os transtornos de aprendizagem são diagnosticados quando os resultados do indivíduo em testes padronizados e individualmente administrados de leitura, matemática ou expressão escrita estão substancialmente abaixo do esperado para sua idade, escolarização ou nível de inteligência. Os transtornos de aprendizagem podem persistir até a idade adulta” (1995, p. 46).

Ambos os manuais consideram, basicamente, três tipos de transtornos, quais sejam, da leitura (dislexia), da escrita (disgrafia e disortografia) e das habilidades matemáticas (discalculia). Também referem que, em qualquer dos casos, deve haver os seguintes requisitos para o diagnóstico de transtorno:

-           Ausência de comprometimento intelectual, neurológico evidente ou sensorial;
-           Adequadas condições de escolarização;
-                     Início situado obrigatoriamente na primeira ou segunda infância.

Diversos autores, a partir de suas pesquisas, procuram esclarecer os pontos divergentes na literatura em relação às alterações na aprendizagem escolar e, por conta dos seus enfoques (pedagógico ou clínico), têm-se as variações na conceituação e caracterização dos mesmos no processo de ensino-aprendizagem.

Para Fonseca (1995), a criança com dificuldade de aprendizagem não deve ser “classificada” como deficiente. Trata-se de uma criança normal que aprende de uma forma diferente, a qual apresenta uma discrepância entre o potencial atual e o potencial esperado. Não pertence a nenhuma categoria de deficiência, não sendo sequer uma deficiência mental, pois possui um potencial cognitivo que não é realizado em termos de aproveitamento educacional. O risco está em não se detectar esses casos, não se proporcionando no momento propício às intervenções pedagógicas preventivas nos períodos de maturação mais plásticos. Se não se detectarem esses casos, a escola com o seu critério seletivo de rendimento podem influenciar e reforçar a inadaptação, culminando, muitas vezes, mais tarde, no atraso mental, na delinqüência ou em sociopatias.
Na mesma linha de raciocínio, Soares (2005) refere que, exigir de todos os alunos a mesma atuação, é um caminho improdutivo; cada um é diferente, com o seu próprio tempo lógico e psicológico, e cada um tem uma maneira específica de lidar com o conhecimento. Respeitar essa “veia”, este ritmo para o ato de aprender é preservar o cérebro de uma possível sobrecarga que contribuiria para uma desintegração total do processo ensino- aprendizagem.

Conforme Castaño (2003), o termo dificuldade de aprendizagem pode ser caracterizado por alterações no processo de desenvolvimento do aprendizado da leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático, podendo estar associadas ou não a comprometimentos da linguagem oral.

Já para França (1996), a distinção feita entre os termos dificuldade e distúrbios de aprendizagem está baseada na concepção de que o termo “dificuldade” está relacionado a problemas de ordem pedagógica e/ou sócio-culturais, logo, o problema não está centrado apenas no aluno, sendo que essa visão é mais freqüentemente utilizada em uma perspectiva preventiva; por outro lado, o termo “distúrbio” está vinculado ao aluno que sugere a existência de comprometimento neurológico em funções corticais específicas, sendo mais utilizado pela perspectiva clínica ou remediativa.

Zorzi (2003) relata que, crianças que não tenham apresentado quaisquer dificuldades no desenvolvimento da linguagem oral, podem vir a apresentar dificuldades específicas de linguagem escrita. Para estas, as dificuldades começam a surgir a partir do processo de alfabetização, manifestando-se em termos de alterações de leitura, assim como, de escrita. Alterações nos processos lingüísticos, envolvendo especificamente a linguagem escrita, são característicos nesses casos.

Conforme a AID (Internacional Dislexia Association, 1994), a dislexia é um distúrbio de linguagem, de origem constitucional, caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico, sendo que essas dificuldades em decodificar palavras simples não são esperadas para a idade. Apesar da instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem com freqüência, incluídos aí os problemas de leitura, aquisição e capacidade de soletrar.

De acordo com Ciasca, o distúrbio de aprendizagem é considerado como: “Sendo uma disfunção do SNC, relacionada a uma falha no processo de aquisição ou do desenvolvimento, tendo, portanto, caráter funcional: diferentemente de dificuldade escolar – DE – que está relacionada especificamente a um problema de origem e ordem pedagógica”. (2003, p. 27).

Para Capellini (2004), sinais como redução de léxico, sintaxe desestruturada, dificuldade para processar sons nas palavras, dificuldade para lembrar sentenças ou histórias, entre outros, podem ocorrer tanto em distúrbios como em dificuldades de aprendizagem, sendo fator diferenciador a não contribuição do histórico familiar negativo somente nas crianças com distúrbios de aprendizagem. Revela ainda, que não devemos inserir todas as crianças com o distúrbio no mesmo grupo. Existem aquelas com deficiência mental, sensorial ou motora que apresentam o distúrbio de leitura e escrita como resultante desses problemas. Há, também, aquelas nas qual o distúrbio de aprendizagem decorre de disfunções neuropsicológicas que comprometem o processamento da informação.

Neste sentido, o termo dificuldade estaria mais relacionado àquelas manifestações escolares decorrentes de uma situação problemática mais geral, como, por exemplo, inadaptação escolar, proposta pedagógica e desenvolvimento emocional. A criança manifestaria, também, na escola, comportamentos sugestivos de alguma dificuldade, que não seria específica de aprendizagem.

Para a mesma autora, o diagnóstico envolve a aplicação de testes que qualificam e quantificam as habilidades cognitivo-lingüísticas, além do desenvolvimento escolar da leitura, escrita e raciocínio lógico-matemático, baseados em idade cronológica, mental e escolaridade. A criança com dificuldade de aprendizagem, durante muito tempo, foi encaminhada ao médico, cujo diagnóstico isolado, ansiosamente aguardado pela família e pela escola, iria confirmar ou negar a sua normalidade.
Num passado ainda próximo, nos casos detectados, geralmente a criança era encaminhada para classes ou escolas especiais que ofereciam um ensino diferenciado. Com isso, acabava por tornar-se estigmatizada e fazer parte de um segmento social marginalizado, onde as oportunidades de ampliação de suas potencialidades eram reduzidíssimas. Apenas com a chancela do médico, na maioria das vezes, a criança com dificuldade de aprendizagem passava a ser considerada, por muitas pessoas, como um ser incapaz de criar e produzir conhecimento.
Mesmo hoje, não podemos ignorar que, diante de qualquer desvio do padrão de comportamento, principalmente na escola, a primeira hipótese de explicação ainda faz referência a um possível problema mental.

  FATORES QUE INTERFEREM NA APRENDIZAGEM

4.1. Fatores ligados na criança: Deve-se sempre lembrar que as crianças são diferentes. Por isso, nem sempre o que não é o mais comum é patológico, ou seja, uma doença. Estas diferenças demandam muito do professor no dia a dia, e exigem conhecimento que ultrapassam aqueles relacionados simplesmente a um domínio de um determinado método. Porém, ingressam na escola crianças com reais dificuldades. Dentre as causas de dificuldades escolares devido a problemas com a criança estão:
4.1.1. Desnutrição: A desnutrição pode comprometer o desenvolvimento intelectual futuro. Esse prejuízo é determinado pela duração e graus da desnutrição, pelas experiências vivenciadas e o contexto de vida. Por exemplo, uma desnutrição grave em uma criança que tem fatores que favoreçam o aprendizado escolar é menos deletéria que uma desnutrição leve em uma criança com ambiente desfavorável. Nesse contexto, afirmar que a desnutrição é a principal causa de fracasso escolar nas escolas públicas significa mascarar os erros e as deficiências do sistema escolar e da organização social vigente.
4.1.2. Hiperatividade: Trata-se de um diagnóstico muito comum em crianças com dificuldades escolares em todos os níveis sociais. É mais comum no sexo masculino. É caracterizada por falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. Em geral o paciente tem comportamento anti-social e auto-estima baixa.
É comum o pediatra receber crianças encaminhadas da escola com a alegação do professor de que essas não têm capacidade de se concentrar. Procura-se explicar esta falta de concentração como produto de alguma disfunção ou imaturidade neurológica. Por outro lado, a falta de atenção em sala de aula, antes de ser uma incapacidade para manter atenção, pode significar uma falta de motivação decorrente de métodos pedagógicos ou interação aluno-professor inadequados.
4.1.3. Transtornos Emocionais: São caracterizados por sintomas de duração mais prolongada. No quadro clínico encontra-se ansiedade, timidez excessiva, infelicidade e atitudes manipulativas. Quando não se detectam grandes alterações familiares (alcoolismo, separação, violência doméstica), nega-se que possa haver componente emocional. Em contraste, na presença de um destes problemas, a tendência é valorizar demais os problemas emocionais, algumas vezes, retardando o diagnóstico de alterações mais graves. A detecção de um problema específico não deve significar o fim da avaliação e muito menos considerar este problema como causa única. A dificuldade no aprendizado deve ser entendida como o resultado final, aparente, de inúmeros fatores, numa interação complexa.
4.2. Fatores que interferem à escola: Trata-se de um problema social principalmente nas escolas públicas, onde as condições de trabalho nem sempre são as ideais. Desta forma, alguns professores que aceitam essas condições de trabalho não são bem qualificados e são desmotivados já que, além das precárias condições, o salário é baixo. O grande número de crianças nas salas de aula e a heterogeneidade daquelas faz com que um único ritmo de ensino prejudique os alunos com dificuldade no aprendizado. O sistema educacional brasileiro está longe do ideal e são as crianças menos estimuladas em casa (de classe social mais baixa) que, algumas vezes, se encontram nas escolas com piores recursos físicos e pessoais.
4.3. Fatores relacionados à família: A estrutura familiar é de suma importância na vida escolar da criança. Sabe-se que pais que estudaram por um período maior oferecem um ambiente mais adequado para seus filhos estudarem. Porém, a falta de estímulo por parte dos pais nas famílias carentes pode ser responsável pelo maior índice de atraso geral de desenvolvimento nessas crianças. Outras situações podem interferir como:
·         Nível de exigência da família além das possibilidades da criança;
·         Confusão de métodos entre a escola e a família;
·         Pais obsessivamente preocupados causando ansiedade nos filhos;
·         A criança que trabalha para ajudar no “sustento” da casa, levando  faltas na escola.
Uma família equilibrada, amorosa e que valoriza as atividades de lazer, assim como a participação nas atividades propostas pela escola é o ponto fundamental para a prevenção e tratamento das dificuldades escolares.
O processo de aprendizagem está diretamente ligado às condições sociais e econômicas de uma população. Sem políticas de eqüidade social, a atuação de todos os profissionais envolvidos nas questões escolares fica bastante prejudicada.
Para prevenir os problemas relacionados ao desenvolvimento escolar inadequado pode-se esperar participação conjunta da escola e dos profissionais de saúde na detecção de possíveis problemas de forma mais precoce possível. Mesmo antes da entrada da criança na escola é possível identificar diversos fatores que poderão prejudicar seu desenvolvimento escolar.
O ambiente familiar da criança é fator de grande importância na aprendizagem. Um dos problemas que mais aflige os pais é o fato do filho não ir bem à escola. Mas, antes de qualquer iniciativa, é necessário questionar o conceito de sucesso escolar e o papel de pais e professores no processo de aprendizagem. A dificuldade do ensino e aprendizagem está muito ligada aos problemas sociais e familiares.
Uma criança que nunca tenha tido contato com a escrita ou qualquer outro estímulo, não terá as mesmas condições de outra emocionalmente estável que sempre esteve em contato com livrinhos e meios de comunicação. Há muitos problemas que determinam o fato de uma criança não ir bem à escola. Tais problemas são causados por qualquer deficiência. Na maioria, a causa está no bloqueio emocional, falta de preparo ou mesmo problema financeiro em casa, isto é, decorrente da situação econômica em que se encontra a família atual, já que vivem na maioria das vezes num mesmo quarto, sem um único livro e às  vezes até sem nenhum meio de comunicação, ocorrendo  também  à necessidade dos pais  trabalharem fora o dia inteiro deixando os filhos sozinhos. Tudo isso dificulta a aprendizagem.
Tanto os problemas sociais quanto os emocionais influenciam decisivamente sobre o processo de aprendizagem e as escolas devem estar atenta a isto. Ás vezes as razões mais evidentes dos problemas escolares estão em geral na constituição familiar, em problemas que estão mais ligados a razões emocionais do que qualquer deficiência orgânica. Quando uma criança não vai bem à escola é necessário, antes de tudo, estudar e analisar a própria vida dela em seu contexto familiar.
Outros problemas comuns são as pressões e as expectativas dos pais. O mito de ser o primeiro da classe, muito estimulado pela sociedade, traz às vezes sérios problemas para a criança, pois ela nem sempre consegue êxito imediato e sente que está frustrando os pais e isso faz com que ela perca o interesse pelo estudo. Outro fator importante no que se refere à interferência da família na aprendizagem é a criação de equilíbrio no lar, não havendo assim, conflitos que interfiram nos aspectos emocionais da criança. Quando a mesma vivencia uma situação emocional tencionante, a sua aprendizagem ficará comprometida, levando-a a ter resultados insatisfatórios.

A situação de um casal desunido, separado ou divorciado pode provocar situações de distúrbios para a criança. Nestes casos, normalmente existe uma atitude negativa entre os pais e a conseqüência natural é o surgimento de distúrbios de desenvolvimento emocional ou social, circunstâncias estas que podem levar a distúrbios de aprendizagem.

Quando os pais se conflitam, a criança vê sua segurança ameaçada, perde grande parte da fé e confiança no mundo dos adultos e, em geral, apresenta sérios problemas de rendimento escolar. Esta é uma situação crítica  de incompatibilidade.

Esse fator é muito presente no ambiente do aluno e que pode ter influxo no seu rendimento escolar, uma vez que a escola poderá interferir benéfica ou maleficamente no desenvolvimento da aprendizagem.
É essencial o trabalho conjunto da escola, dos profissionais de saúde e da família. Nesse aspecto, é importante que a família saiba identificar os problemas e, principalmente, saiba que existem profissionais de diversas áreas para oferecer ajuda sempre que for necessário.
Na maioria das vezes o acompanhamento multidisciplinar adequado ajuda a criança a vencer as dificuldades e acompanhar normalmente os colegas de sala. Contudo, se o diagnostico não for feito precocemente pode levar a problemas graves no futuro, como dificuldades no convívio social, baixa auto-estima e entraves à profissionalização.
_AS APRENDIZAGENS E AS EMOÇÕES

Toda e qualquer aprendizagem exige não apenas esforço intelectual mas também um estado de espírito prazeroso que desiniba a inteligência e a capacidade de aprender. Sabe-se, com efeito, que as perturbações emocionais como a ansiedade, o medo ou a insegurança inibem o intelecto condicionando todas as funções cognitivas que são chamadas a intervir na elaboração do raciocínio (lógico, analítico, criativo, etc) e nas actividades da memória (registo, evocação,etc).

Estimular auto-estima e auto-confiança nas crianças em idade escolar deve ser uma das principais preocupações dos pais e dos agentes de educação para que o esforço de aprender seja facilitado e estimulado por estados emocionais positivos.

Sugerem-se os seguintes procedimentos:
1.      Incentivar a Empatia e o Afeto: embora a linguagem e a lógica sejam importantes para ensinar valores às crianças, não moldam o comportamento delas como as emoções e os sentimentos. Promova bem-estar emocional. As emoções são poderosas.
2. Honestidade e Integridade: a honestidade e a ética podem ser assunto de permanentes conversas desde tenra idade, escolhendo livros e vídeos para compartilhar com elas, utilizando jogos que desenvolvam a confiança, etc.
3. Vergonha e Culpa:a vergonha e a culpa não são vilãs emocionais. Quando utilizadas de forma apropriada, são recursos importantes para os pais ensinarem valores morais aos filhos. Use-as mas não abuse.
4. Pensamento Realista: isto é o oposto da auto-ilusão. Livros ou histórias contadas pelos pais podem modelar este tipo de pensamento. As crianças aprenderão a pensar de forma realista sobre os seus problemas ou preocupações se os pais fizerem o mesmo. A verdade, mesmo dolorosa, não deve ser escondida.
5. Otimismo: o otimismo aprende-se com os pais. É mais do que um simples pensamento positivo. É um hábito de pensar positivamente, uma disposição ou tendência de olhar para o lado mais favorável dos acontecimentos ou condições e esperar pelo resultado mais favorável.
6. Humor: As crianças bem-humoradas apresentam um quociente de inteligência intrapessoal superior às outras. O seu sucesso social é geralmente muito grande e fácil de obter.O humor aprende-se a desenvolver desde muito cedo. A boa disposição e o clima reinante em casa ajudam a modelar um espírito bem-humorado. As brincadeiras divertidas favorecem os alicerces do humor.
7. Amizades : Devem ser incentivadas pelos pais e na escola. Participar em festas e em grupos é um bom meio de fortalecer a inteligência social.

8. Boas Maneiras: Desde muito nova, a criança deve aprender a comportar-se bem mas sem constrangimentos. A melhor forma de educar boa maneiras é mostrar como é. As crianças aprendem muito bem por imitação.
9. Persistência e Esforço: Na adolescência, muitas crianças perdem interesse em lutar pelas coisas quando enfrentam a realidade das coisas. Já nem tudo é fácil como antes, durante a infância. Assim, é necessário ensinar as crianças a perceber o que é a perseverança e a persistência. As biografias de gente de sucesso é um bom meio. É também muito importante ajudá-los a administrar o tempo.
10. Enfrentar e Superar Fracassos: as crianças são particularmente vulneráveis aos problemas ligados à motivação. É útil ensinar-lhes que as ameaças e os problemas da vida são desafios a serem estudados e vencidos. Deve-se ensiná-los a saber tirar partido das suas habilidades e pontos fortes.
11. Consciência Emocional: Incentivar as crianças a verbalizarem os seus sentimentos como maneira de lidarem com conflitos e preocupações. Ajudá-las a ouvirem e estudarem soluções para os problemas emocionais.
12. Controle Emocional: desde muito novas, as crianças devem aprender a gerir as suas emoções, conversando, dialogando, ouvindo, dando opiniões, pesquisando soluções para os seus problemas emocionais e sentimentais.


favor da manutenção da META 4 do PNE




A educação é direito humano inalienável, direito que não se pode dispor, considerando a Constituição Federal e a Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, entre outros marcos legais. Escolarização é nas escolas.

Por fim, reiteramos que o texto atual da Meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE) é extremamente coerente com os novos paradigmas, pois respeita direitos humanos e direitos constitucionais. Eis o texto que deve ser mantido:

META 4: Universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.”

Junt@s somos fortes!

Vamos lutar e apoiar a Meta 4. Todos as pessoas têm o direito a educação; este direito é inalienável, inquestionável e direito subjetivo. Inclusão total.
Abraços inclusos!
Diones