sábado, 27 de julho de 2013

AEE para as pessoas com Surdez - PS



Eis uma apostila sobre o Atendimento Educacional Especializado para as pessoas com surdez. Esse atendimento é um dos maiores desafios para a nossa Rede Municipal de Ensino. Não temos intérpretes, a SRM para essa clientela  precisa ser ativada. E vamos avnçar neste atendimento.

Pessoas com Surdez

Diones Barcelos Bragança


A educação de pessoas com surdez sempre foi fruto de reflexões e de muitos embates políticos e epistemológicos entre gestualistas e oralista, que ora responsabiliza o sucesso e/ou fracasso escolar embasados nestas correntes e posturas adotadas.

A nova Política Nacional Numa Perspectiva Inclusiva trouxe novas concepções para as pessoas com deficiências, mas ainda permanecem muitas questões e desafios que precisam ser definidos.

O problema da educação das pessoas com surdez não pode continuar centrado nas duas correntes supracitadas, pois o sucesso escolar ou fracasso está enraizada nas práticas pedagógicas.

Segundo os autores Mirlene Damázio e Josimário Ferreira (2009) a pessoa com surdez tem potencialidades como o desenvolvimento dos processos neurossensorial perceptivo: processos perceptivos, lingüísticos e cognitivos que podem ser estimulados e desenvolvidos.

Para este desenvolvimento é necessário conceber a pessoa com surdez como um ser biopsicossocial, cognitivo, cultural como pessoa capaz de aquisição e produção de conhecimento e não como dicotomizações entre gestualistas e oralistas, nascendo assim uma nova tendência: o bilingüismo.

O bilingüismo foi legitimado pelo Decreto 5.626/2005 que garante as pessoas com surdez uma educação em duas modalidades: em LIBRAS, como primeira língua e em Língua Portuguesa na modalidade escrita, como segunda língua.

O atendimento Educacional Especializado para estas pessoas tem como desenvolvimento a língua e a linguagem, o pensamento, as aptidões, os interesses, as habilidades e os talentos. Para concretizar na prática o AEE PS é aplicado uma metodologia vivencial: aprender a aprender.

Nesta metodologia, segundo os autores Damázio e Ferreira (2009), o aluno:

[...] o aluno com surdez pensa, questiona e levanta idéias sobre todas as coisas; ao levantar idéias, entra em conflito com os esquemas anteriores: ao entrar em conflito, busca respostas aos seus questionamentos, visando refutar ou confirmar o que está sendo investigado, estudado: [...] a pessoa com surdez realizará sua aplicabilidade no seu cotidiano de vida. (p.8-9).


O AEE, segundo os autores (2005: 69123) é realizado em três momentos didáticos – pedagógicos: AEE em LIBRAS, AEE de LIBRAS e AEE para o ensino da Língua Portuguesa.

O AEE em LIBRAS deve ser realizado com imagens visuais, deve ser ministrado antecipadamente ao trabalho da sala de aula comum. O AEE para o ensino da Língua Portuguesa – escrita é focado na aquisição da língua portuguesa em sua modalidade oral e/ou escrita com ênfase na leitura e produção de texto. Esta proposta poderá ser consolidada de três formas: 1º nível, voltado para os processos de alfabetização e leitura; 2º nível, processo intermediário de maior complexidade e 3º nível, apropriação da língua escrita, com produção de gêneros textuais e discursivos. O AEE para o ensino de LIBRAS, baseados nos paradigmas inclusivos que a pessoa com surdez deve-se apropriar da língua de sinais, que se resume na articulação das mãos, das expressões e do corpo para estabelecer sua estrutura, nas dimensões fonológicas, morfológicas, sintáticas e semânticas.

Enfim, as pessoas com surdez devem estudar numa escola comum com direito do pleno desenvolvimento e aprendizagem por meio de Libras e da Língua Portuguesa e deve haver melhoria nas práticas pedagógicas para o acolhimento desta clientela.

REFERÊNCIA

DAMÁZIO, M. F. Macedo. FERREIRA, Josimário de Paulo. Educação Escolar de Pessoas com Surdez. Atendimento Educacional Especializado em Construção. Brasília: MEC, SEESP, 2009.

Dicas para a equipe pedagógica qunto ao trabalho e no ataendimento aos alunos com deficiências

O PAPEL DA EQUIPE PEDAGÓGICA: GESTOR ESCOLAR, SUPERVISOR ESCOLAR, ORIENTADOR EDUCACIONAL NO ATENDIMENTO AOS ALUNOS COM DEFICIÊNCIA MENTAL

Importância do trabalho dos pedagogos para o atendimento e acolhimento dos alunos

O atendimento aos alunos com deficiência, em particular da deficiência mental, sempre foi uma área negligenciada pela Educação. Mas, não tem como fugir da inclusão destes alunos no contexto escolar.  A inclusão é um caminho sem volta e uma jornada sem fim, portanto, é preciso que toda a escola se mobilize para fazer um bom acolhimento a estes alunos, principalmente a equipe pedagógica: o supervisor, o Orientador Educacional e o gestor escolar.

Vejamos as principais atribuições e funções da equipe pedagógica para promover o acolhimento dos alunos com deficiência mental:

 Gestor escolar: Uma vez que o papel do gestor é organizar a escola de uma maneira geral, também cabe ao gestor criar situações de interação entre família dos alunos com deficiências e escola, e principalmente, organizar uma escola democrática , assim como determina a LDB, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº. 9.394/96.

O gestor deve propiciar a participação democrática na administração da escola, envolvendo profissionais da equipe multidisciplinar e rede de apoio, profissionais de outras áreas e aquelas ligadas diretamente à educação para um melhor atendimento aos alunos com deficiência mental quanto ao atendimento de suas necessidades específicas.

Segundo Davis (2002, p. 34) “O que aproxima os integrantes da comunidade escolar, em maior ou menor grau, são os interesses comuns que compartilham em torno do conhecimento, sejam pais, alunos, professores ou outros protagonistas”.

Essas pessoas podem auxiliar a escola com participação em atividades como análise de situações e ação sobre situações que envolvam, através de tomadas de decisões e exposição de idéias, também podem ajudar na avaliação  dos alunos e encaminhamento às salas de recursos, na elaboração de sugestões de atividades adaptadas para o professor regente, enfim, na execução de tarefas que incentiva as habilidades, destes alunos.

 Os gestores devem promover reuniões periodicamente com os pais dos alunos com deficiências alertando-os para o envolvimento e comprometimento na vida escolar de seus filhos, relatando as necessidades clínicas e evolução cognitiva dos filhos.

Fazendo assim proporcionará um ambiente democrático onde as pessoas sentirão úteis e orgulhosas de poderem fazer parte da educação escolar, ajudando, assim, para a construção de uma sociedade melhor.

Este profissional deve adotar algumas medidas e ações eficazes para que a inclusão possa acontecer com qualidade, dentre as quais:
a)  Redução do número de alunos por classe entre 20 e 25;
b)  Providenciar materiais adequados às escolas;
c)  Providenciar junto a Secretaria Municipal de Educação professores de apoio equipe multidisciplinar para análise de laudos, emissão de parecer e análise do rendimento do aluno;
d) eliminação das barreiras diversas que impedem a integração  e a acessibilidade dos alunos no interior das salas de aulas e da escola;
e)  Acompanhar o trabalho dos professores dasa salas de recursos e  das equipes de profissionais para uma dedicação especial para aos alunos;
f)  garantir aos professores que possuem alunos inclusos um outro professor de apoio e/ou outro profissional que atue como bidocência para ajudar na sala.

A Gestão Democrática caseia bem com a inclusão educacional, proporcionando uma educação comprometida com o exercício da cidadania, formando uma sociedade democrática, possibilitando o convívio com a diversidade.

SUPERVISOR ESCOLAR: Há uma multiplicidade de fazeres e saberes que, a princípio são inerente à atuação deste pedagogo, dada a heterogeneidade dos espaços e acúmulo de tarefas da escola.

O trabalho coletivo dos pedagogos numa escola é um trabalho multidisciplinar em virtude da diversidade de situações – problemas com a qual a escola lida todos os dias, e os pedagogos têm neste mundo globalizado o papel de estimular os professores e todos os atores da educação: a saber, buscar e usar as informações sobre as necessidades dos alunos com deficiência mental.



O  Supervisor  Escolar deve fazer intervenções junto ao professor que possui alunos inclusos para que ele possa fazer desafios adequados ao aluno deficiente, além de valorizar suas habilidades, trabalhar sua potencialidade intelectual, reduzir as limitações provocadas pela deficiência, apoiar a inserção familiar, escolar e social, bem como prepará-lo para uma adequada formação profissional, almejando seu desenvolvimento integral.

O profissional em Supervisão deve se necessário munir os professores de novas atitudes, novas aquisições e novas competências. Fazer a integração entre os professores do ensino regular com os professores do Atendimento Educacional especializado para  juntos planejarem estratégias e recursos que melhor atendem os alunos com deficiência mental.

Diante da nova Política Educacional numa perscpectiva de Educação Inclusiva  proposta pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura em outubro de 2008,  este profissional deve:
_ Acompanhar o uso das matérias na sala de aula do ensino regular verificando a funcionalidade e aplicabilidade, os efeitos, possibilidades, limites, distorções do uso na sala de aula na escola e na casa do aluno;
_ Ajudar os professores a elaborarem o Plano de Atendimento aos alunos com necessidades especiais por deficiências e por transtornos de modo geral, propondo serviços e recursos de acessibilidade ao conhecimento para uma melhor inserção destes alunos às salas regulares de ensino visando uma inclusão com qualidade e melhoria do processo ensino – aprendizagem.
_ Ajudar os professores a elaborarem o Cronograma de Atendimento aos alunos, resguardando a carga horária de seis horas semanais para cada aluno que estuda nas Salas de Recursos Multifuncionais.
_ Fazer articulação com o corpo docente das salas regulares de ensino articulação com o professor da sala de recursos para a implementação e avaliação dos serviços e recursos de acessibilidade:
_Orientar os professores do ensino regular e famílias dos alunos a utilizar materiais e recursos.
_ Ajudar os professores das salas de recursos multifuncionais a Adquirir e identificar materiais, como software, recursos e equipamentos tecnológicos, mobiliário, recursos ópticos para uma melhor aprendizagem dos alunos;
_ Coordenar o planejamento e reuniões pedagógicas proporcionando uma harmonização e integração entre os professores das salas regulares de ensino que possuem alunos inclusos com os professores das salas de recursos multifuncionais.

 ORIENTADOR EDUCACIONAL:

É função dA escola preparar para o mundo do trabalho, e o Orientador Educacional deve ser o profissional responsável pela implementação e coordenação desse trabalho na escola. Ele deverá propor uma integração entre os diferentes professores e profissionais, a fim de realizar um trabalho em equipe.

Quanto ao trabalho do Serviço de Orientação Educacional cabe analisar as alterações comportamentais destes alunos analisando as conseqüências da deficiência para o processo ensino aprendizagem, bem como, ajudar o aluno a compreender sua limitação oferecendo-lhe os meios de alcançar sucesso com adaptações necessárias para sua atuação.

Este papel deve ser realizado também com os alunos com deficiência mental. Estes devem ser encaminhados ao mercado de trabalho. Para tanto, o Orientador Educacional deve procurar parcerias junto às empresas para que possa receber estes alunos, preparando-os ao mundo do trabalho. Assim eles serão mais autônomos, independentes e sentirão úteis e importantes.

O profissional Orientador deve-se promover um trabalho com todos da escola visando promover uma construção de uma prática social menos segregacionista e menos preconceituosa. A Educação especial deve criar meios que garantam o acesso e a permanência dos alunos com deficiência nas escolas, alcançando educação para todos.

Na atual Política Educacional numa perspectiva de Educação Inclusiva, os profissionais da equipe pedagógica: o administrador, o supervisor e o orientador educacional, o inspetor necessita refletir seriamente sobre o seu próprio processo de formação, sendo capazes de usar o seu conhecimento a favor da inserção com qualidade dos alunos com deficiência mental.


 Os profissionais da educação devem incorporar em seu processo de formação profissional o conhecimento dos aspectos conceituais, clínicos  bem como os benefícios para o processo de ensino e de aprendizagem em suas formas do aprender e do conhecer como pensa  e sente os alunos com deficiência mental para promover junto aos professores  e todos os atores da escola duma melhor aceitação destes alunos no seio escolar, sem exclusão e preconceitos.


INSPEÇÃO ESCOLAR - O Inspetor Escolar é um elemento do sistema, da Secretaria Estadual ou Municipal, não integrando, assim, o quadro técnico – administrativo docente da escola. Segundo diz, Chagas: “O inspetor é, e tende a ser cada vez mais um profissional que atua em âmbito macro – educacional, orientando e coordenando escolas dentro do sistema...”(Chagas,[198-], p.118).


O seu trabalho não se resume a fiscalização, à função policiadora, aplicadora de sanções. Sua função deve extrapolar a fiscalização e o papel controlador – executora das decisões dos órgãos centrais. Tem que garantir o funcionamento da escola, colaborando na assessoria do PDE, nos esclarecimentos e orientações da legislação; oferecer assessoria e subsídios à instituição, visando à prevenção e/ou solução de problemas; prestar consultoria junto às redes de ensino.

Se a escola é uma instituição que tem por finalidade ensinar bem à totalidade dos alunos que a procuram, o Inspetor Escolar tem por função mobilizar toda a escola para que concretize e elabore sua proposta pedagógica baseadas nas novas determinações legais do Decreto 6.571 e Parecer nº 13 que retrata que é preciso incluir o AEE – Atendimento Educacional Especializado no projeto pedagógico da escola da rede regular de ensino, além de proporcionar orientações às escolas e suas equipes pedagógicas nesta elaboração, além também de orientar às mesmas nas dúvidas e questionamentos quanto às Diretrizes Operacionais
 E desta forma cumprir com a sua função: que os alunos aprendam.
Apostila elaborada por Diones.
Abraços inclusos







sexta-feira, 26 de julho de 2013

TABELA PARA IDENTIFICAÇÃO DO TDAH

TDAH - TRANSTORNO DEFICIT ATENÇÃO HIPERATIVIDADE
ESCALA DE PONTUAÇÃO PARA PAIS E PROFESSORES

MTA-SNAP - IV

Nome:________________________________________________________Sexo: (   )F (   )M        Idade­­­________
Escolaridade:__________________________________________________Etnia:_________________________
Avaliado por:________________________________Tipo de classe:______Tamanho da classe:_____________

Para cada item, marque a coluna que melhor descreve esta criança.
NEM UM POUCO
SÓ UM POUCO

BASTANTE

DEMAIS
   1.         
Não consegue prestar muita atenção a detalhes ou comete erros por descuido nos trabalhos da escola ou tarefas




   2.         
Tem dificuldade de manter a atenção em tarefas ou atividades de lazer.




   3.         
Parece não estar ouvindo quando se fala diretamente com ele.




   4.         
Não segue instruções até o fim e não termina deveres da escola, tarefas ou obrigações




   5.         
Tem dificuldade para organizar tarefas e atividades





   6.         
Evita, não gosta ou se envolve contra a vontade em tarefas que exigem esforço mental prolongado




   7.         
Perde coisas necessárias para atividades (por exemplo: brinquedos, deveres da escola, lápis ou livros)




   8.         
Distrai-se com estímulos externos





   9.         
É esquecido em atividades do dia a dia





 10.         
Mexe com as mãos ou os pés ou se remexe na cadeira




 11.         
Sai do lugar na sala de aula ou em outras situações em que se espera que fique sentado




 12.         
Corre de um lado para o outro ou sobe demais nas coisas em situações em que isto é inapropriado




 13.         
Tem dificuldade em brincar ou envolver-se em atividades de lazer de forma calma




 14.         
Não para ou frequentemente está “a mil por hora”





 15.         
Fala em excesso





 16.         
Responde as perguntas de forma precipitada antes de elas terem sido terminadas




 17.         
Tem dificuldade de esperar sua vez





 18.         
Interrompe os outros ou se intromete (por exemplo: mete-se nas conversas/jogos)




 19.         
Descontrola-se





 20.         
Discute com adultos





 21.         
Desafia ativamente ou se recusa a atender pedidos ou regras de adultos




 22.         
Faz coisas de propósito que incomodam outras pessoas




 23.         
Culpa ou outros pelos seus ou mau comportamento





 24.         
É irritável ou facilmente incomodado pelos outros





 25.         
É zangado e ressentido





 26.         
E maldoso ou vingativo